30 de dezembro de 2011

Despedida.

Um dia sozinha no final de ano,e eu fico nostálgica.Penso nos 363 dias que se passaram,no que eu fiz,e recupero lembranças de uns anos que se passaram para fazer um balanceamento.Conclusão? Meu ano de 2011 foi especial,e mesmo com umas pedrinhas e outras,foi maravilhoso.
Não vou me justificar em relação aos "porques" do ano bom, não vejo necessidade.Não sinto mais vontade de escrever aqui,e isso é justificável,e quase obrigatório. Eu não sei se alguém,além de mim lê as coisas que escrevo,mas não gosto de me preocupar com certas palavras,colocações.Um dia,fiz um texto qualquer e acabei me metendo numa situação desnecessária.Enfim.Continuo com ideias e uma vontade de escrever absurda,mas não mais online...
De amigo secreto,ganhei um caderno de anotações totalmente sem pauta.E é nele,que eu vou escrever quando tiver vontade,sobre qualquer coisa sem me preocupar se alguém vai ler,o que vai achar,e ficar enchendo por causa de uns errinhos de português.Guardo minhas metáforas que só eu entendo,para esse amigo meio amarelado de páginas grossas.Claro que vez ou outra,eu acabarei voltando com uma história qualquer que não exista.E assim espero,que não conte com nenhuma verdade camuflada entre minhas palavras.
Engraçado como os "melhores amigos" conforme os anos passam mudam,não?!

9 de dezembro de 2011

Lado ruim.

Sinto que minhas mãos gelam. O ar me falta enquanto o coração tenta conter a vontade que a boca sente de abrir e despejar o que a cabeça pensante quer. A verdade sai, as bocas se calam e alguns sorrisos são transformados em desespero. A verdade, absoluta ou não foi esfregada na cara, como reagir? Não demora muito e as bochechas coram e a verdade, que tanto queria sair acaba virando uma ofensa, machucando os mais puros e sinceros ouvidos. E eu, ah, que quase infarto se não digo o que penso, acabo como a grossa insensível na história.
A sinceridade; dizer o que pensa e o que se quer quando convém. Pago um preço muito alto para evitar que este coração não pare de bater. Não consigo ver certas coisas e não sentir o sangue ferver, e aquela vontade de realizar certos sonhos sem fazer nada. Um dom, ou uma maldição? Eu de verdade não sei.
Mas ai, depois que comecei a pensar e pensar, percebi que ser ruim de vez em quando não faz mal a ninguém. Dançar conforme a música, sorrir mais, engolir mais sapos sem vomitar a verdade para quem não está preparado para ouvi-la.
Me sinto mal,claro! Não abrir a boca sempre que eu quero não fazer o que eu quero porque acho o certo, me faz mal. Mas depois de alguns anos, você começa a perceber que não é mais uma questão de princípios, sim de sobrevivência.
Podre, eu sei! Mas estou cansada de sempre ser a vilã. Acho que é hora de ter um lugar ao sol, ou melhor, na linda sociedade cretina em que vivo.

20 de novembro de 2011

Amanhece.
O quarto continua escuro e você ainda está na cama,meio nojenta.Eu me levanto,lavo as mãos e me olho no espelho:barba por fazer,rosto cansado e corpo esguio.Na camisa branca,apenas uma gota do trabalho bem feito.Olho para você na cama,você está morta,é hora de começar a pensar no que fazer.
Você sempre foi gentil demais,sorridente demais e,burra demais!Achava que eu nunca descobriria suas armações,e que estaria valente e estúpido ao seu lado pro resto da vida.Não posso dizer que você colheu o que plantou,porque creio que uma boa conversa,talvez até uma surra teria lhe colocado nos eixos.Mas comigo,você sabia que era diferente,eu não converso nem ouvia ninguém,muito menos você.
Eu deveria ter pensado no quanto você me amava,no que eu sentia por você e no que nós tínhamos,mas não havia mais tempo.Quando dei conta,você já estava em cima de mim,com aquela cara de prazer e as coisas aconteceram.Sentirei sua falta.
Anoitece.
O quarto está escuro e você ainda está na cama,meio nojenta.Começo a pensar no que aconteceu e me arrependo,por você.É tarde já?Me levanto e lavo as mãos.Meu corpo esguio curva-se e vomito tudo que você é.Olho para você na cama,você está tentando me seduzir,eu cedo. Você mal sabe o que te espera.É hora de começar a pensar no que fazer.

17 de novembro de 2011

Etc²

Final de ano sempre me dá uma energia meio estranha.Não gosto de como a maioria dos brasileiros tratam o Natal com toda aquela hipocrisia de "feriado",e "motivos para gastar,porque é época de presentes." Natal perfeito pra mim é o americano!Mas não falarei do Natal,nem das lindas casas enfeitadas.
Final de ano me dá gastura.Acho que estou tão cansada do resto do ano todo que passou,que sinto,talvez, a necessidade de começar algo novo logo para recarregar as energias,me livrar de toda zica que passou no ano...
Curiosamente ou não,em meio a um trabalho lixo de faculdade,o cansaço do trabalho e de outras coisinhas,na semana passada eu quase perdi a cabeça e faltei colocá-la numa bandeja de ouro à toa.Unf!Eu infelizmente ainda não aprendi a ouvir certas coisas sem levar a diante,e fazer disso,o eixo principal da minha vida.Não são todas as pessoas,e com pessoas tão importantes assim,mas eu dou MUITA atenção para coisinhas tão idiotas,que dá até dó.Aí a gente perde a cabeça,a razão,os amigos,o namorado,a aula,o braço,a perna e tudo pra que?Pra nada!
Eu sou teimosa e turrona por natureza,quando coloco uma coisa na minha cabeça,dificilmente mudo de ideia,a menos que sei lá,outra neura qualquer tome conta e eu acaba esquecendo.E nesses dias,conheci Othello.Mocinho bonito e simpático,ingênuo e inseguro que casou com uma moça muito linda e,fiel.Othello,por ser inseguro e neurótico,deu ouvidos a um tal "amigo"(uhum),e acabou matando sua linda esposa por ciúmes,sem ela ter feito nada,simplesmente por ter dado ouvidos ao que não devia.
Depois disso,comecei a pensar em todas as vezes que eu dei ouvidos a nada nem ninguém e deixei o benefício da estupidez tomar conta de mim.Cheguei a inúmeras situações em que eu deveria ter rolado de rir,ou simplesmente ter feito cara de "hã,e daí?!" Ainda vai demorar um tempinho para eu deixar totalmente de dar ouvidos a coisas idiotas,a quem "te gusta?" perder o tempo comigo.Mas Othello já é meio caminho andado...
E de resto,em meios a tantas cartas e tentativas,finalmente ela me respondeu o "pedido de adeus".o final de ano,não mexe só comigo,pelo jeito...

1 de novembro de 2011

Etc.

Minha mãe as vezes me diz um ditado que faz muito sentido:

"Macaquinho senta em cima do rabo,e fala do rabo alheio"


Eu adoro esse ditado porque é verdade.Sempre sentamos em cima das coisas que nós fazemos/falamos e criticamos o outro por fazer igualzinho.
Talvez,acredito eu,que seja um tipo de cuidado,mesmo que idiota com a outra pessoa que está cometendo os mesmos erros que você.Ou talvez,na pior das hipóteses,seja a maneira mais suja e infeliz de não enxergar a verdade em si.
Triste admitir,mas eu estou num momento assim.Procurei pêlo em ovo e acabei achando uma peruca toda!
Queria poder dar uns conselhos pro outro macaquinho.
Queria saber como e o que ele sente diante dessa coisa.
Queria entender o porque eu ainda insisto em certas coisas,tendo plena consciência de que se trata da maior das burrices.

Enfim,estou meio torta, "sem saber o que sentir".
Rezo apenas para duas coisas:
-Que Deus nos livre da tal genética.
-Que o meu rabo nunca caia na macacada por ai.

(...)

23 de outubro de 2011

Outras coisas

Não posso evitar de dixar registrado o quato esse final de semana foi maravilhoso.Não tenho palavras,nem um jeitonho novo...Então acrescento a letra de uma música com uma das cantoras que para mim,não morrerá nunca.

Meu Mundo Ficaria Completo (Com Você)


Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo
Nem mesmo porque eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o
cinema
Não é porque não acho o papel onde anotei o telefone que eu tô precisando
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando
Não é porque fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina
Não é por que tá muito frio, não é por que tá muito calor

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você o meu mundo ficaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
E depois cresceriam e nos dariam os netos


A fome que devora alguns milhões de brasileiros
Perto disso já não tem importância
A morte que nos toma a mãe insubstituível de repente dela, já nem me lembro
A derrota de 50 e a campanha de 70 pertem totalmente seu sentido
As datas, fatos e aniversariantes passam
Sem deixar o menor vestígio
Injúrias e promessas e mentiras e ofensas caem fora pelo outro ouvido
Roubaram a carteira com meus documentos
Aborrecimentos que eu já nem ligo
Não é por que eu quis e eu não fiz
Não é por que não fui
E eu não vou

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto
Juntos viveríamos por mil anos
por que o nosso mundo estaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando com seus filhos
E depois nos trariam bisnetos


Não é porque eu sei que ela não virá que eu não veja a porta já se abrindo
E que eu não queira tê-la, mesmo que não tenha a mínima lógica nesse raciocínio
Não é que eu esteja procurando no infinito a sorte
Para andar comigo
Se a fé remove até montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível
Não é por isso que eu não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não é por isso que ela não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não vou dizer que eu não ligo, eu digo o que eu sinto e o que eu sou

O problema é que eu te amo
Não tenha dúvidas pois isso não é mais secreto
Juntos morreríamos, pois nos amamos
E de nós o mundo ficaria deserto
Eu vejo nossos filhos lembrando
Com os seus filhos que já teriam seus netos


Cássia Eller fazendo a trilha desse final de semana.E sinceramnete,que as coisas que não tem importância,fiquem para trás,e que mais anos juntos venham pela frente,que os filhos,os netos,os bisnetos e as gerações ultra-futuras possam se lembrar de nós.
O segundo melhor dia do ano,com muito amor!

25 de setembro de 2011

Meio termo

A guerra entre o meio termo e eu é constante,sem fim,sem meios de um acordo amigável.
Ontem nos encontramos mais uma vez naquelas presepadas que ele adora me pregar.Eu talvez já tenha nascido sem paciência,mas juro que ao longo dos anos eu fui mudando por mim e pelos outros,porque eu era,de verdade um perigo para a humanidade.Ainda sou,mas danifico apenas o meu mundo quando o assunto é tolerância,meio termo.E para ser sincera,eu estou cansada disso.De me danificar pelos outros,pela falta de consideração e outras coisinhas.
Não consigo achar um equilíbrio entre o "ser legal" e o "ser durona",sem pecar por excessos.(Malditos excessos!) Queria poder ser durona sem perder as pessoas,e ser legal sem que alas sentassem no meu lombinho e me fizessem de burro de carta.
Estou nesse dilema idiota,sem saber o que fazer.

19 de setembro de 2011

Obsessões.

Começo pelo que posso,pelo que não me compromete muito.
Há a satisfação em mim em saber,em estar e presenciar acontecimentos.Sempre achei saudável tal prática,sempre me senti esperta por saber demais,por ir sempre além.Fico a milímetros de cair do abismo sem fim,e tudo que sinto,não me dá medo,e sim prazer!De uma forma suave e devastadora me faz ficar fora do corpo,me faz querer ir adiante,sem saber se irei cair,se irei me machucar...
Eu já tive fases como a do guarda roupa,do armário do banheiro,da geladeira,e a da gaveta.Agora,depois de velha,me interesso por pessoas.Qualquer uma,interessantes ou não.Pessoas,meninas para ser mais específica.
Eu talvez tenha amado demais uma ingrata que me deixou muitas desnecessidades para um corpo só.Ela ainda me intriga,ainda é e sempre será um constante mistério canceriano a me sondar.Mas por ela,não posso sentir outra coisa se não amor.Ainda a amo,mas a obsessão por ela se foi,passou.
Tive a pouco,uma experiência.
Uma amiga que me escondera um segredo valiosíssimo!
A persegui por alguns dias,talvez meses,mas agora cessou,não sinto mais nada,apenas crio a necessidade de precisar saber.Em vão, porque por ela já não me interesso mais.
O mesmo anda,ainda,acontecendo com a garota dos antigos textos,aquela que literalmente não saiu da minha cabeça,veias,pensamentos,ficção!
A encaixo no quadro das "não interessantes".Sem nada a acrescentar,sem mais novidades,e nada que me faça dar um passo adiante e pular do abismo.
Mas...
Confesso uma atração/obsessão que me deixa enojada em todos os aspectos.Um nojo que deixa de ser só meu,e que o torno em nosso!
Cheguei a conclusão irônica,de que se eu sinto,ela também deve sentir.
Obsessão...Me sinto bem em falar nisso,assumir talvez metade da culpa,encher-lhe os olhos e o ego de alegria.Embora não seja,nem passe de algo que já está para acabar,gosto de enfim tirar mais essa dos ombros.
Estou,quem sabe,acomodada à monotonia de uma única vítima,do veneno que sossega no olhar,do silêncio que morre no ouvido alheio.

30 de agosto de 2011

Tristeza

Veio junto com o vento gelado e a chuva repentina.
Meu humor está como o tempo em São paulo,instável.
Gostaria de achar razões lógicas e talvez até um responsável por tudo isso,mas não sei o que acontece.Intristeci,assim sozinha e sem um por quê...

20 de agosto de 2011

Prato Quente

A velha mais uma vez estava revirando o passado através das memórias.Depois de três copos,o passado lhe aparecia em forma de borrões e não a deixava mais em paz.
Lembrava muito,lembrava pouco e sentia a pele arrepiar como quem sente medo de algo,de alguma coisa.
A velha agarrou-se na poltrona e o fantasma do qual mais tinha medo apareceu de novo.
Era Agosto,o vigésimo dia do ano de 1985.Estava muito frio,a noite já vinha chegando e a velha,que fazia as vezes de moça,teve uma ideia brilhante,reluzente como sangue n'água;mataria os dois!Tinha extrema consciência de que aquilo fazia parte de algo que não era certo,mas sorriu e o corpo todo se esquivou.Já era tarde e a ideia quente estava borbulhando em sua cabeça,na palma de suas mãos.
Não parou para pensar muitos nos detalhes.Apenas sentiu o que tinha que fazer e o foi em frente,sem frieza e sem compaixão.Como alguém que decide dar uma volta no quarteirão só para respirar um pouco e acaba na loja da esquina comprando algo que não precisa.
(Digo com amor no coração em defesa da moça,que antes de ela tomar essa atitude,ela jamais seria capaz de pensar em tal barbárie e nunca machucaria ninguém,nem sem querer.Mas a moça,ah! A moça estava triste,sozinha e desiludida.E aqueles dois hum,afirmo que eles mereceram tudinho)...

Dois passos a frente,e lá estava o portão da casa 56.Entrou despistando os vizinhos e fazendo o mínimo de barulho possível.Rastejou-se até a sala e avistou os dois numa cena que dava mais raiva ainda.Não podia haver alegria e normalidade naqueles dois,não mais!
E então o primeiro golpe certeiro na cabeça.O outro quis aparecer para defender o parceiro e acabou atingido também na cabeça,na perna e nas costelas,para que aos poucos sentissem a dor,a dor que ela sentiu.Finalizou o trabalho sufocando-os,para que o desespero enfim levasse aquelas duas almas embora.
Sentiu alguma coisa que não soube explicar.Sabia que estava longe de ser satisfação ou remorso.Talvez...Sopa de carne moída!
Pegou uma tigela grande,e com os dois ali na sala,arrumou-os,de forma que eles pudessem parecer sentados,deixou o corpo cair no sofá e tomou da sopa fervente.Queimou a língua,mas sabia que tinha valido a pena.Nunca mais teria de comer daquela sopa.

23 de julho de 2011

A Morte

Faz um tempinho que eu ando pensando nisso,depois que umas das pessoas pela qual mais tenho apreço,me disse que preferia morrer ao invés de enfrentar certos problemas,certas dificuldades,sejam elas quais forem.
Acho que todo mundo,um dia já deve ter pensando como seria não existir em carne e osso.Eu acredito na vida após a morte.Mesmo sendo católica desde que nasci,e agora que minha mãe frequenta um centro espírita,aprendi muito mais sobre a vida após a morte.Mas não me contentaria com um pós,com o "não palpável".Acho que por pior que seja a vida neste plano,as coisas não podem acontecer de forma forjada,tem que ser ao natural,como escolhemos antes de (re)encarnar.
A morte nunca aconteceu próxima de mim.Digo,nenhum familiar próximo ou amigo meu a morreu e por isso,eu não sei o que é passar por essa,de fato.E nem gosto de imaginar alguns dos meus falecendo.Dos familiares,só de pensar na morte do meu avô,sinto um desespero e uma agonia sem fim.Dá vontade de sair correndo e abraçá-lo para nunca deixá-lo ir,principalmente quando ele diz que a hora dele está chegando,e todas aquelas coisas.
Aí,pela primeira vez,a morte de alguém que eu nunca tive contato pessoal na vida me acerta.Nossa!Logo num dia cinzento que já não começou muito bem...Aos 27 anos Amy Jade Winehouse morreu na madrugada de ontem para hoje.É,Amy não canta mais,pelo menos não mais aqui.
Apesar de sempre ter odiado fanatismo exagerado por qualquer artista ,ficar de luto quando morria,sofrer junto quando há problemas e tudo o mais seja ridículo,eu entendo que quando se gosta,não é necessário muito da outra pessoa para que você a idolatre,seja seu fã.Se me permite,eu e Amy tínhamos uma relação bonita e compreensiva.Apesar de não achar de maneira nenhuma "certo" ela se drogar,principalmente por questões amorosas,em suas letras,Amy deixava claro o quanto ele era importante para ela,o quanto seu amado era tudo que ela tinha,e veja só,Amy morreu além de tudo,de amor.
Não nego que fiquei chateada com essa péssima notícia.Amy sempre foi meu refúgio para qualquer dia,sendo eles bons ou ruins.É triste assim pensar numa "despedida" plausível que não soe como mais uma fã que agora que o artista morreu irá lembrar dele e fazer de sua memória um ritual sofrido e doloroso.
Amy merece ser lembrada da melhor forma possível.Com a forma física saudável,com aqueles lindos olhos verdes grandes e aquela voz,que particularmente,é a melhor que eu já ouvi.
De qualquer forma,obrigada por tudo!Descanse em paz Amy.

11 de julho de 2011

Pulga

21 anos completos,ela faz hoje.
Dos 21,4 anos ela foi minha e depois me deixou sozinha,assim como quem já planejara.
Câncer seu signo,o que mais poderia esperar?Já devia saber o que faria.
Fria,calculista.Agia apenas para seu benefício e me mostrava sinceridade apenas quando chorava por um,nunca por nós.Nas brigas,eu que abaixava a cabeça e dizia sim sempre.Até que meu nariz sangrou e o coração bateu por outro alguém também.Alguém que não era ela,não era 11 e sim o dobro,22.
Câncer!
A semana começa e termina assim.Não sei o que sentir.Estou incomodada!
Ela me deu parabéns e lembrou de mim nos 19 anos completos,com um dia de atraso,porque o orgulho é seu sobrenome.Mas lembrou de mim.E eu,que faço dela?
Penso em voltar atrás e lhe escrever uma carta.
Mas dizendo o que?
Ela não faz mais tanta diferença assim para mim.Ou pelo menos não devia fazer...
A trato como lembrança e um aprendizado engraçado.Graças a ela,eu aprendi a ter frases de impacto e a conhecer bem o horóscopo.
A culpa não foi nossa,e sim dos astros!
Te direi um parabéns para ser apenas mais uma.Deveria com o tempo ter criado certo receio,mas não dá,ainda temos alguma coisa,sabemos!Lembro de você sempre que posso e me esforço para não te esquecer como é.
É que a pulga,ah, a pulga de câncer me pegou,como você sabe que pegaria!

4 de julho de 2011

Queda

Depois de esquentar o lombo com uma queda da cadeira giratória,eu senti o castigo,o verdadeiro castigo.Não venho sendo lá muito legal,porque adotei a política do "mim first".Eu não sou egoísta,não passo por cima das pessoas para conseguir as coisas que quero,nem tampouco faço de propósito as coisas para magoá-las.
Eu ando mais grossa,menos sorridente e culpo algumas pessoas por isso.Sinto raiva,quis até me vingar feio e friamente um dia desses,mas graças ao excelente namorado que eu tenho,consegui colocar a cabeça no lugar...
Aí vem a merda da culpa que bate depois.
Puts!Não é arrependimento,porque nos meus filminhos mentais eu não fiz nada tão grave assim.Mas isso seria o que então?
Começo a ter certeza de que é hora de rever alguns conceitinhos básicos.Coisa pouca,mas que precisa ser mudada.Não quero mais me sentir assim e ficar com um super ponto de interrogação na cabeça.Odeio não-respostas,mas ainda mais o "ser-sozinha" que acompanha essa revolta/mudança toda.Não posso me esquecer de que um "ser-tornado" devasta e dá medo.Começarei aos poucos,prometo mudar por mim e por nós.Mas não deixarei de ventar,isso jamais.

28 de junho de 2011

Desafeto

Será que é ciúmes?
Eu estou me perguntando isso a alguns dias.Para ser mais exata desde que eu descobri a tal notícia.
Eu confesso que não gostei e que me senti traída.Traída sim porque eu detesto ser a ultima a saber das coisas,das coisas dela.Eu entendo e aceito que a vida está corrida,e que agora o sonho é pago com cada centavo reclamado e suado.Mas porque cair tanto no esquecimento assim?
Será que EU fiquei assim quando encontrei a minha tampinha?
Ora!
Estou chateada!
Quero não ficar lembrando disso e nem ficar revirando as coisas como se fosse um rato no lixo.
Restos.
Será que no final quem deixou migalhas no lugar do afeto fui eu?
Eu não faria isso,não fui eu!
Mas,o que será então?
Eu e essa mania chata de não largar mais.
Tudo passa,ela passou menos eu, e a falta do desafeto.

16 de junho de 2011

Incomoda muito mais

Tem tanta coisa entalada na garganta que eu não sei por onde começar. Talvez pelo mais óbvio e simples; o começo.
O começo disso levaria algumas horas e tempo eu não tenho porque o ponto em que eu desço está próximo. Qualquer razão lógica e com algum sentido para alguém que não seja eu,também me tomaria um tempo absurdo, e de quebra eu ainda receberia uma cara estranha de alguém que acha meu motivo supérfluo e por isso não o compreende.
Ora! Apenas digo que isso me incomoda de tal maneira que eu não sei lidar com isso. Assim, sem por quê, nem pra que.

Interrogação

Respirei fundo.
A cabeça deu sinal de vida e latejou. O coração bateu mais devagar e as lágrimas me consumiram. Perdi a fome e a razão. Fiquei triste talvez sem saber o por que.
Senti um vazio e uma falta que escapavam de qualquer medida. Nada me fazia feliz e meus olhos inundaram. Decidi então fugir, mas não sabia para onde escapar.

Só mais uma qualquer

A beleza lhe era vital.
Tinha as bochechas bem coradas num traço horizontal. Se equilibrava num salto 15 enquanto os seios gelatinosos tentavam não pular da blusa. Era bonita e sabia. Sabia tanto que se enfeiava, era só mais uma.
Um dia, encontrou alguém que gostava do terracota e do sutiã 46 sem questioná-la muito. Sentia o peito arder e as mãos tremiam. Sentia amor na carne, mas ansiedade a fazia suar.
Largou aquilo então. Talvez tenha derramado uma lágrima,talvez um cilio a tenha incomodado. Não importava! Tinha os mais novos e belos Oxford da moda e sorriu. Ninguém veria seu coração partido.

15 de junho de 2011

Doce

Ultimamente,depois do almoço a cabeça reclama e o estômago grita pedindo açúcar.Açúcar em forma de quadrado,redondo ou espatifada mesmo,como vier.Mas doce,bem doce!
A mania tinha ido embora quando as calças deram uma apertada,mas acho que nesse semestre,ela aprendeu a lacear,comigo.
O doce da vez foi um achado qualquer,daqueles que o pote na doceria fica na ultima prateleira e ninguém,ninguém dá valor.
Eu dei!
O doce era um daqueles de infância,que a gente nunca esquece sabe?Era aqueles de abóbora que agora vem em barras.Porque antes,eles vinham em forma de coração,e eu sabia distinguir exatamente qual era "original" e qual não era.Pois bem,me senti uma criança gordinha de oito anos que com apenas algumas moedas se divertia na doceria e ficava mais feliz com açucar.
Sai da doceria do lado do meu trabalho comendo o doce,o doce de abóbora que poucas pessoas (talvez ninguém) gostam e fui andando sentido centro.
O doce,era o mesmo daquelas tardes de brincadeiras solitárias e de quando enfim eu estava no fundamental.Aquele açúcar me arrastou para uma nostalgia sem fim,e eu fiquei triste,larguei o resto do doce e sentei na praça.O que quer que tenha acontecido comigo,me fez pensar bem na relação que o doce tinha e na que tem agora.Eu estava cansada,triste e precisava preencher aquilo com alguma coisa.O doce não me era mais satisfatório,e não me trazia mais alegria porque deixara de ser um prêmio e virara mais uma obrigação,mais uma!
Aquele doce companheiro virou amargo na minha boca.Senti raiva de mim,e do vazio que eu estava sentindo.Senti que o vazio era muito maior que uma compota e aquele bolo quentinho que sai do forno.
O doce que eu quero agora é diferente,não precisa ter açúcar mas eu ainda não sei o que é.Minha cabeça continua reclamando,mas agora quem grita sou eu...

5 de junho de 2011

Janela

Ela sempre se senta na janela a noite para olhar a cidade.
Olha para baixo,vê os carros passarem pequenininhos na avenida e se sente grande,mais importante que a dona que passeia com o cachorro.
Da janela ela tem uma vista melhor e fantasiosa da verdade,e se contenta.
A janela,aquele apartamento com um janelão na sala era tudo que ela precisava.O mundo podia desabar lá fora,desde que seu cachorro e seu companheiro estivessem ali dentro.

24 de maio de 2011

Às madrinhas,um adeus,nunca mais

Era tarde já,e depois de receber um convite por email de uma colega do colegial para seu casamento,fiquei pensando nas promessas que fiz quando era adolescente e me lembrei das minhas madrinhas...
Meu casamento seria ao ar livre e eu imitaria um,ou todos os casamentos dos filmes "teens" que eu via na época.Eu teria umas cinco madrinhas,mas duas em especial estariam ao meu lado todos os dias até o dia do casamento.Não seria difícil escolher essas duas porque elas já existiam e já conviviam.
O casamento seria sim um clichê,porque além de tudo eu era dramática,e o clichê combinava com o dramático.
Pois bem.Não cheguei a pensar com quem casaria se meu casamento fosse naquele momento.Acho que nada mais importava do que minhas duas madrinhas,minhas duas melhores amigas.
Nós passávamos tardes e virávamos noites olhando revistas e entrando de penetras em casamentos pela vizinhança.Nós ensaiávamos as danças,os discursos e até fizemos pequenos votos umas para as outras.Na falta de um garoto,casamos as três e vivemos assim até os dezesseis,dezessete anos...
Bom,era de se esperar que depois do colegial nós mudássemos,e não ficassemos mais vidradas em casamentos e todas aquelas coisas.
Eu fui a primeira a entrar num relacionamento sério e firme,a descobrir a faculdade e a perder o sono com provas finais e prazos.A do meio,já estava noiva e grávida do primeiro filho.Trabalhava,estudava a noite e se preocupava com fraldas e chocalhos.A mais nova,estudava ainda no cursinho e descobriu o amor cedinho cedinho,foi até de assustar!
mas um dia,sentadas na mesinha de centro,nós conversávamos e às vezes o silêncio se espalhava no ar e nós lembrávamos do colegial apenas e riamos,do que passou,não do que tínhamos.Vez ou outra uma comentava do trabalho,a outra do bebe e eu do namorado de longa data.Mas os assuntos não batiam,e eu me senti só,havia perdido as minhas amigas.Ou pior que isso,as únicas madrinhas de casamento!

Depois de ler o email,passar por quase dez anos em cinco minutos,olhei pela janela e parecia que estávamos no quintal de novo.Eu daria qualquer coisa para viver nossa união novamente...

11 de maio de 2011

Cabelo

Me deu uma vontade estranha de mudar justamente o cabelo,aquele parceirinho que desde que eu comecei a ter consciência sobre fios,eu tento deixar crescer.
Eu tenho um puta trauma de cabeleireiros,e confesso que faz um bom tempo que eu não deixo ninguém com uma tesoura chegar perto de mim.Eu mesma corto e recorto,pinto e tudo o mais.Mas de uns tempos para cá,me deu vontade de entregar esse cabelão,(digo isso porque esse é maior que já vi meu cabelo) para um profissional.Mas sem bagunça!Vou levar uma foto como modelo e quero que ele tire dois dedos apenas do comprimento,e dê uma "forma" pro meu cabelinho.Pode ser repicadinha,mas bem bonitinho,pra usar bagunçado até.Eu até pensei em largar o secador e ficar um pouco com o seco natural,mas eu ainda não estou preparada,de verdade.Acordar e não ter que pentear cabelo me faz muito feliz.Tem seus lados negativos,claro,mas por enquanto é isso que eu quero.Ah,esqueci que também quero pintar.Uma cor diferente dessa vez.Talvez eu volte para aquele loiro na parte de baixo,ainda não sei....
Estou decidida,e já sei até onde eu vou,quero um novo visual.Mas,só não consigo entender,donde veio essa vontade toda?

4 de maio de 2011

Conceitos



Eu deixo de existir às vezes e começo apenas a pensar na vida,em mim,ao meu redor.Me dou conta certas vezes de que o desespero não é a melhor solução.Mas não ouviria esse meu conselho,pois o "desequilíbrio",é o que me mantém viva muitas vezes.Sempre vivi em picos,e isso nunca foi problema para mim,não sei,talvez sejam os conceitos...
Ontem,depois que eu encontrei o Roberto,eu percebi o quão feliz eu estou,mesmo com todas as divergências que eu encontro.Me sinto feliz por simples momentos,e por ter aprendido a ter e apreciar o pouco,quase nada.
É engraçado,mas eu amadureci com manha e carinho,com amor e algumas tardes de soneca no sétimo andar.
Claro que eu chorei,e claro que eu ainda tenho um longo caminho pela frente.Mas me sinto bem de ter coisas assim,tipo conceitos,tipo você.

Conceitos

30 de abril de 2011

Prometeu mais uma vez seguir sem olhar para trás.
Quantas vezes já havia feito a mesma promessa e nunca a cumpriu?
Dessa vez tinha sido diferente,e embora ela sentisse o estômago pular para fora,as mãos já não tremiam,e o coração disparou,mas voltou ao ritmo normal depois que a adrenalina passou...
Passou mesmo?
Por que essa vez era diferente de todas as outras?As palavras e os gestos eram os mesmos,sem maiores novidades,apenas um tabuleiro de um só,sem cadeira para os demais.
Mas,quem estaria disposto a esquecer os caprichos e deixar para trás os mimos e as coincidências mais banais do mundo?
Se dissesse que era falta de qualquer outra atividade,estaria mentindo.E mentia para si,não esquecera,nem esquecerá jamais,são coisas da vida!


(...)


Mas eu,ah,eu nunca estive em suas fotos e nunca dividi com você um copo de vinho.
Talvez não tivesse saco para isso,tinha muito coração...

27 de abril de 2011

fazer você sorrir

Você me olha nos olhos e diz a verdade, sente aquele frio na barriga, mas sempre acaba soltando aquele risinho, quando eu diminuo o olhar e faço cara daquele tal animal que gosta mais de carne do que a onça. Eu acredito em você, mesmo você não conseguindo ficar sério por muito tempo. Acho que estranho seria se você não sorrisse...
Quando eu choro, você não se desespera, e diz coisas boas e tão fáceis que minhas lágrimas caem ainda mais. Já esqueci toda a tristeza, agora me sinto uma tola.
Você me abraça e eu te mancho com água ou batom, você escolhe.
Você para o mundo, e me carimba com o seu cheiro. Pura tortura, mas eu gosto, e você sabe...
Ainda visitaremos Madri (sem a minha vontade) e iremos comer muito na França, antes de terminar o tour em Las Vegas, baby!
Eu amo você, e amo mais ainda quando você sorri, simples e verdadeiramente para mim...

22 de abril de 2011

Anything

Sentou no para-peito da janela e admirou a lua que se escondia por trás das nuvens naquela noite,que deveria ser de outono.Não bebeu nada como de costume,e nem deixou-se abater pelo blues que tocava de fundo.Era feriado,e apenas os gatos estavam em casa,na rua.
Ela adorava metáforas e dava exemplos usando uvas e a luz do sol.Não era maluca,mas sabia que a sanidade não era o seu forte.Alias,ela nunca encontrara alguém que a fizesse mudar de ideia.Não precisava de muito,e o pouco que tinha a fazia admirar a lua em noite de feriado e imaginar o futuro...
Queria mesmo era poder esfregar as nuvens da bola branca e enxergar com mais nitidez o que vinha pela frente.Tinha pressa,mas a pele ainda quente a acalmava e a tirava de toda aquela loucura.
Dava tristeza quando uma nuvem maior vinha e acabava com aquela luz natural.Ela voltava a cabeça para baixo,e até sentia uma,ou três lágrimas escorrerem gelada para o canto da boca.
Não devia nada,e mesmo sentindo medo ela deixou estar.Estava escuro,a cidade estava vazia e a noite e sua pele estavam quentes.Nada de mais poderia acontecer.Pensou em mais uma metáfora e tudo bem,qualquer coisa valeria então...

16 de abril de 2011

Do contra!

Usa calça jeans,camisetas e blusas largas.Não se preocupa com maquiagem e a vaidade é colocada de lado de segunda à sexta a tarde.
Sono não está na sua lista de prioridade.Ou está?Dorme pouco,e quando pode dormir não dorme porque está sassaricando por ai fazendo qualquer coisa.Deve ser por isso,principalmente,que seu signo é macaco no horóscopo chinês.
Ela não come comida japonesa.Acha aqueles pratos nada apetitosos e usa um trauminha com brigadeiros para não experimentar o tal peixe cru e as algas.
Não rotula mais o pior e o melhor e isso irrita muito.Fez um trabalho em grupo durante a semana e falou demais,tanto que se tornou de esquerda.Pobre menina difícil de lidar,né?
Ela não usava dourado,e vivia cuspindo para o alto em relação a coisas do cotidiano.Não subestimava a si própria,mas duvidava de certas capacidades,de certos dons,tal aquele de não ter nenhum.
Achava que a inteligência não era válida se a pessoa não era esperta.Odiava mentiras mal contadas.Na verdade ela se chateava pela má explicação do que pela mentira.
Ela queria e não fazia,falava e não voltava atrás.Não sabia o que era passar vontade e a consciência pesava se ela ia contra o que o corpo gritava.Nunca aprendeu a rir baixo,mas sabia calar quando era preciso.Gostava de falar pelos cotovelos,mas aprendeu a guardar segredos,sem revelá-los a ninguém.
Não escondia nem a menina nem a mulher.Fazia um misto e se tornava diferente do padrão.Báh,padrões,regras!
Ela sempre foi do contra,e sabia que se em terra de cego quem tem olho é rei,ele não duraria muito tempo governando.Alguém furaria imediatamente seus olhos.

11 de abril de 2011

7º andar

O ar estava de novo ligado e a agitação nesse andar tão calmo me pareceu estranha.
Uns meninos faziam bastante barulho e chamavam aquilo de trabalho.Eu entendi qual era a deles,e não dei sopa!Rodeei o lugar mais um pouquinho,disfarcei até que cheguei ao lugar desejado.
A sala era do jeito que eu queria e precisava.Os meninos agora riam alto,mas não me atrapalharam.Eu simplesmente me ajeitei aqui e ali e consegui achar o jeito certo,dormi.
Não lembro direito o que aconteceu.Achei que estava consciente,mas realmente só voltei à mim quando uma mensagem qualquer no celular fez muito barulho.
Uuurg!
A chuva caia lá fora e eu ouvi alguém mexer num molho de chaves e falar sobre o arco-íris...
Perdi mais uma vez a tal das sete cores.Quantas vezes já as perdi?
Coloquei na cabeça que dessa vez tinha sido por um motivo diferente e bom.Valeu a pena,ainda vale,né?

7 de abril de 2011

Parque,park

(...)

-Como você me pediria em casamento?

A pergunta surgiu no meio da multidão,disputando atenção com os carros e um senhor que anunciava o fim do mundo.
Andavam de mãos dadas,se mordiam e riam das saias mais curtas e das perninhas mais grossas.Sentiam o frio do Outono esvoaçar os cabelos e fazer gelar os braços.

Ele passou o braço por sua cintura,e fingiu não ligar para a tal pergunta que quase se perdeu pela cidade.Ela abaixou a cabeça e sentiu a mão dele apertar a dela.Eles pararam de frente um para o outro,e ele não disse nada,apenas a olhou.
Pareceu que não precisaria fazer nenhum pedido mais formal,pois naquele dia,com o vento geladinho do outono,e o fim do mundo próximo,eles disseram sim,e a cidade inteira parou para contemplá-los...

5 de abril de 2011

Dor nas costas

Um dia antes do aniversário de 46 anos,ela inventou de sair para dançar.
Dançou a noite inteira,embora sentisse os sapatos de bico fino apertar e os joelhos travarem.
Voltando para casa,ela se lembrou de um filme em que o rapaz carregava o espírito da namorada morta e perturbada nas costas.
Sentiu-se então mocinha;as costas doiam como nunca,e o medo daquele filme de terror dos anos 60 ainda a arrepiava a espinha...

1 de abril de 2011

Carta

Me encontra aqui,exatamente onde eu lhe escrevi a primeira carta,onde tudo começou.
Se você tiver esquecido o caminho,eu sussurro as palavras e deixo meu perfume no ar.
Você ainda lembra de mim,não é?
Deixa essa raiva de lado e vem pra mim,te quero bem.Para de falar e começa a ouvir seus próprios conselhos.Me deixa livre,me deixa esquecer,mas não pare de lembrar de mim.
Há coisas minhas em você,mais do que você imagina.Não para,não pare e não esqueça!
Pega tuas provas e vem de encontro a mim.Você sempre soube onde me encontrar.E mesmo quando não estou debaixo dos teus olhos,continuo dominando seus pensamentos,controlando seus batimentos e até a sua respiração.
Você dorme,acorda e procura minhas cartas,meus rastros.Procura ver se rezei por você na noite passada,com quem eu andei bebendo ao som da nossa dança.
Você faz mix de sentimentos e tenta dar nomes a eles,mas sempre acaba citando meu nome.Nunca foi em vão e isso é o que te deixa pior.
Somos melhores que tudo isso...
E não demora,talvez já não tenha mais todo o tempo do mundo...

19 de março de 2011

Sobre a Brú

Essa homenagem é válida, pois estou no meu maior estado de graça,bem Jesus...Não encaixaria aqui se eu dissesse que amo todo mundo,mas a Brú é amada por mim,é sim.

Nós nos conhecemos muito por acaso. Ela com aquela cara fechada e medonha, eu com as minhas "zoações”, que de longe ainda a irritam muito.
Ela roe unha e sempre diz um "ai, chega!" quando a situação já está pesada demais. Bom, somos iguais em gênio, pensamos muito parecido, e até levantamos a sobrancelha de forma parecida quando estamos bravas. Eu, ela, o Alan e o Muri, sempre que estamos juntos nos reunimos e trocamos experiências de casais. Até eles, os meninos são iguais, é incrível!Ela é sincera e grossa. Preza pela sinceridade e não liga se vai machucar ou não, ela faz e fala!
Por falar em falar, com a Brú eu converso sobre tudo, sobre todos os assuntos sem me preocupar com isso e aquilo, sem ficar com receio dela sair por ai contando, ou fazendo mal juízo de mim.Eu confio na Brú,ela confia em mim.
Nós tivemos uma briguinha idiota a uns meses atrás,mas nada que não pudesse ser superado com uma conversa daquelas,só nossa.
A Brú me entende e nunca me deixa sozinha, nunca mesmo!Ela vai ser a minha primeira amiga a casar, tenho certeza.
E lá estarei eu no altar como sua madrinha, olhando seus olhos brilharem, morrendo de orgulho e vendo o Alan dizer no meio da tensão toda "abacate!".

16 de março de 2011

Sobre a saudade...

Olha,minha cara não disfarça,e eu já até queria um daqueles salsichinhas aqui comigo.
Está difícil só ter contato pela internet e comer cada vez menos comida e mais besteiras...
Estou com saudades de casa,da minha cama,da minha mãe,daquele seu bifinho,das conversas e de todo o resto,entende?
Claro que entende!
É tudo muito novo e bonito,mas o novo tem um preço,é sozinho...
Queria poder escrever mais,mas o tempo já acabou.Sinto saudades,apenas.

8 de março de 2011

Asas,heróis e calcanhares

Eu adoro as aulas de Estrutura de Roteiro e História da Arte.Elas me fazem viajar com seus mitos e contos.Me fazem perceber que por mais que milhões de anos tenham passado,ainda agimos,mesmo que "modernamente",como os Romanos e até mesmo os Egípcios.Nossas pontes,muros,tijolos,cadeiras,maquiagens tiveram início lá nos anos 500 A.C.
A professora Cláudia me ganhou no primeiro dia,quando me disse que fez o roteiro de "Mundo da Lua" e "Tv Crush",meus programas favoritos de infância.Mas foi na aula passada sobre a "Jornada do Herói" que eu me identifiquei.Acho que estou na profissão certa!
Fiquei pensando nos últimos acontecimentos que estou vivendo,e me senti em uma jornada,mas sem saber se sou o herói. Tentei achar um equilíbrio entre o bem e o mal e cheguei a conclusão de que sou boa demais para ser ruim,e ruim demais para ser boa.Peco por excessos,tanto os bons quanto os ruins.
Não podendo assim me colocar na pele da megera,ou da boa moça,me dou o papel de protagonista,o herói do filme de ação.
Ficaria imensamente satisfeita se tivesse sido designada a derrotar zumbis,super-bactérias e gênios do mal.Com direito a um final comum em que eu me sentisse mais poderosa e fosse dona de dois mundos.
Acho mais fácil produzir,dirigir,e fazer o roteiro de um filme...
Mais um excesso,mais um pecado!
Às vezes acho que deveria ter seguido os passos da madrinha,ou aquele sonho solitário de viver viajando por ai sem ninguém,sem raízes.
Uma vez,quando eu ainda era pequena,a tia Vera me disse que eu era um ser designado a viver sozinho,a marcar e ser marcado sem ter ninguém.Acho que ela acertou em partes.E talvez seja por isso também que minha mãe sempre me protegeu daquelas ciganas e magos eletrônicos.
Mamãe sabia dês de já que Deus não deu asas a cobra,mas lhe deu um belo par de calcanhares.

7 de março de 2011

Suja e só

“He’s holding my hands
He loves my hair and my smile,
But he needs to go
He lives here,but I’m not
The love is gone,gone…”


Cantarolava desafinado, porém fluente.
Aquele cantinho na janela nunca esteve tão solitário. A cidade parecia vazia,os ruídos que conseguia ouvir,eram parecidos com os que a agulha faz em atrito com o vinil;incomodava,mas ela sabia que a faixa 6 chegaria em breve.
Da janela, solitária, ela fumava um cigarro e bebia “sangue de boi”. Viu dois casais brigando a um raio de 2 metros, uma puta e um pastor idoso que acabara de lhe dar uma “lembrança”,uma nota simbólica de mil reis. O cachorro ladrava, e alguns gatos se esquivavam dos primeiros pingos d’água.

“He’s holding my hands
He loves my hair and my smile
But he needs to go
He’s still here, cause I’m not
Now,we both know,the love is gone,it’s done”


Ela olhou para trás,havia um estranho na cama. Estava como a cidade naquela noite,suja e só...

22 de fevereiro de 2011

Voltas

Eu antes não usava dourado,achava muito cheguei e que não combinava comigo.
Eu também achei que nunca fosse dormir com a janela aberta.
Já achei que seria uma hoteleira e uma enfermeira. Disse que não queria trabalhar em uma rádio,mas mudei de idéia.
Eu dei voltas,muitas delas. Sempre achei que minhas ideias e meus gostos não mudariam. Talvez por teimosia ou por ter medo de perder certas características...
Acho que cresci e aprendi a esperar meu mundo girar. Eu ainda morro de pressa,mas já não sou tão impaciente como antes.

Mais idiota!

Ela me respondeu novamente. Não o que eu havia retrucado, mas me respondeu com uma futilidade qualquer. Não entendia como ela não sentia nada por mim depois de tanto tempo. Tínhamos um relacionamento afinal,ela devia ser grata por isso!

Por não me conformar,fico indignada quando ela passa por mim e distribui aquela graça toda. Sinto ciúmes,e ela com aquele volume todo,sabe disso!

Gostaria aqui de não ter que admitir, nunca dar o braço a torcer. Lais com aquela ingratidão toda,era o grande amor da minha vida...
Merda! Depois de vários encontros e muita terapia,eu ainda estou amando essa mulher.

19 de fevereiro de 2011

(...)

Sophie queria um conselho.

Ligou para Ana,Paula e Beatriz.

Paula estava dormindo e quase falou de um sonho estranho que estava tendo com Carlinhos.
Ana,estava ensaiando com o grupo e soltou uma de suas falas da cena:"Tudo que eu faço,ou falo torna difícil sua estadia nessa casa..." e desligou!
Beatriz até atendeu com entusiasmo,ouviu as três primeiras palavras e ficou de retornar.Ela não retornou...

Shopie olhou sua lista inteira de contatos e não achou mais ninguém que pudesse lhe dizer um "Oon amiga!"

Shopie fechou as janelas,da alma,e ouviu aquele que a colocara nessa situação.Ele fazia "tumtum" rápido e parava.Apertava,machucava e dizia nas entrelinhas do seu ritmo: "Não adianta,não sairei daqui..."

17 de fevereiro de 2011

Clara,de pele e de alma

"Seu nome será Clara,você será livre e feliz,assim como tem que ser."
Disse Izabel antes de colocar ao mundo Clara,a menina pássaro.



Clara era uma garota independente,nasceu livre e livre viveu assim,por um bom tempo.
Seus cabelos louros eram lisos e rebeldes,e diferente não podia ser.Seus olhos eram curiosamente escuros e grandes,sinceros e brilhantes.Tinha as pernas finas e magrelas,era alta e chamava a atenção.Era diferente de todas as garotas do último ano do colegial,mas sem dúvida,Clara era a mais especial.

Clara era clara,de pele e de alma.Era tão transparente que dava para ver seu coração do lado de fora do peito,assim,bem nítido.Todos a amavam,mas ninguém conseguira fazer seu coração sumir,ficar guardadinho no peito.
Clara voava ao andar.Fazia o pátio ficar pequeno quando batia suas asas e alçava vôo,fazia sombra no meu corpo e me encantava de longe,sem nem me ver.Um dia,sussurrei seu nome,como um pensamento e ela me ouviu.Olhou lá de cima para mim e derramou um sorrido sobre minha face tapada pelo seu corpo.Acho que a vi voar mais baixo,mas não sei dizer...

Num dia,choveu muito e o pátio ficou cheio de água,quase nem dava para passar.Clara,pela primeira vez estava no chão entre as meninas e olhou para mim sorrindo,daquele mesmo jeito de quando estava voando.Olhei para seu peito branco e vi seu coração acelerar,ela não o escondeu porque jamais faria isso.
Nessa mesma hora,como mágica o céu se abriu.Clara pegou minha mão e me levou junto em seu vôo,nas asas da liberdade.
Já não via mais seu coração,mas o sentia bater quente e forte junto ao meu.

Clara voava agora mais baixo,mas nunca mais me deixou colocar os pés no chão.

13 de fevereiro de 2011

Completos

E tá que mais um ano foi completo,e outro está começando de novo...
Tive o melhor aniversário de todos,foi moderno e diferente de tudo que eu já fiz nesses anos todos.Juntei alguns amigos,aqueles que mais importavam,e fomos pra um barsinho bem gostoso e exótico.
Não teria feito nada disso,se não fosse meu excelentíssimo namorado,e meus amigos mais próximos e verdadeiros.
Passei o final de semana cercada por boas energias e desejos sinceros de pessoas que realmente gostam de mim.Recebi presentes não-materias inexplicáveis,perfeitos!

(...)

Bom,eu ainda não aprendi a não gargalhar dentro do ônibus,a controlar meu gênio,minhas manias,meus desejos,a não ser tão impulsiva e a não ligar taaanto assim para o que os outros pensam.Aprendi sim outras coisas muito mais importantes,descobri valores e sentimentos que eu achava não existir dentro de mim,nos outros.
Estou feliz por mais esse ano de vida,por mais essa festa que foi comemorada.Amanhã,iniciarei de verdade meu último ano teen...Já estou sentindo saudades de certas coisas,já ouço algumas canções e vejo portas se abrindo.Tudo virá!
Basta eu nunca esquecer que a vida até parece uma festa...

Feliz (hoje e sempre) Aniversário.Que essa data se comemore por anos e anos,e que em cada dia,o brilho nunca se apague.
Um viva à mim,
Um viva a nós,ao que importa e a vida,tin-tin!

7 de fevereiro de 2011

Shuu!

Eu sei,não é certo!
Eu não deveria investigar,e querer ser adiantada como sempre.
Vou relaxar,desta vez.Aos poucos!
Não pegarei pesado,pois você sabe que meu coração jamais aguentaria o tranco.
Ah,eu me cocei demais,eu quase enruguei e você sabe disso.
Surpresa!Quase surpreendi.
Guardei algumas cartas na manga,deixei outras em cima da mesa sabendo que você as pegaria.
Não faço por maldade,mas você me conhece...
Eu morrerei pela boca,com as mãos atadas.Será meu maior castigo,mas você sabe que eu mereço isso.

1 de fevereiro de 2011

Ultimo Teen

Eu guardaria esse post para a meia noite do dia 13 de Fevereiro de 2011,mas achei melhor acabar logo com o "crítico" e deixar o absoluto,sem neuras para depois.
Gostaria de ter as palavras exatas para descrever o que eu sinto toda vez que o dia 13 se aproxima.Mais do que todas as minhas crises de existência,que coincidentemente ou não aumentam ainda mais nessa época do ano,eu realmente sinto uma mudança,mesmo que imperceptível .É nessa hora que eu paro para pensar no que eu fui,no que eu fiz,no que eu sou,e no que eu quero ser.
Meu visual mudou,isso até eu tive que admitir e aprender a admirar.Antes,meu look "jeans,camiseta e tênis" era o suficiente.Não precisava estar em cima de um salto para me sentir bem.Me cuidava sim,com muita vaidade,mas achava que essas "meninices" todas nunca me atingiriam.Hoje,com dezenove anos,penso que deveria ter começado a usar protetor solar com meus dezesseis,deveria ter descoberto o batom rosa chiclete antes.Acho que no começo,eu me preocupava demais em seguir a tendência ao redor,corresponder ao grupinho de amigos que eu tinha e ao lugar que eu frequentava.Nada condenável,sempre achei saudável, e todas as minhas mudanças vieram no tempo certo,tão certo que querendo ou não,me ajudou a formar aquilo que eu sou por dentro.
Bem,eu ainda sou aquela mesma garota que tem medo de viajar e não encontrar mais as coisas no seu devido lugar.É engraçado,mas eu também sou aquela que quer passar uma temporada fora,vendo o cinza de lá,curtindo suas festas como sempre quis.
Eu também continuo curiosa.Nunca vi pessoa mais curiosa do que eu no mundo,sério.Sinto as mãos suarem,o frio na barriga,a ansiedade sem fim quando eu quero descobrir alguma coisa e não consigo,tipo aquelas surpresas que ele tanto gosta de me fazer.
Por falar nele,a garota que se orgulhava de voar longe e sozinha,finalmente pousou e hoje vive ao lado daquele que sempre a deixou voar.Hoje,eu ainda sinto saudades de bater essas minhas asas e sair voando por ai.Mas aprendi que não há liberdade maior e melhor do que aquela que se permitir amar e ser amada,voar junto,pousar junto.
Eu continuo sonhando muito,a longo prazo.Para mim não existe o hoje se eu não souber,ou não tiver uma prévia do amanhã.Eu persisto muito,não desisto até conseguir.Uns chamam isso de teimosia,outros dizem que eu não sei relaxar.Mas ninguém entende que me acalma saber das coisas,saber do depois.A única coisa que eu faço sempre sem pensar é falar,eu sou sincera,oras!Quando eu vejo,já falei demais e às vezes até com um ar meio grosso,mas nem sempre é por querer.Acho até,que às vezes é por isso que eu peco no social,mas ele é assunto para um outro dia.
Ressaltando bem,eu continuo;chata,legal,carinhosa,grossa,esperta,lenta,mimada,chorona,brincalhona,amiga,namorada,megera,ciumenta,filha,aquela,essa aqui,todas as milhares de eu que me compõe.
Eu não aprendi tudo ainda,e nem quero!Quero sentir e curtir cada momento,cada ano que passar quero ter uma recordação especial.
Em 2011,completando meu último ano teen,eu espero me importar cada vez menos com o que não interessa,quero ser mais útil e realizar desejos novos a cada dia,nunca esquecendo quem eu sou,e quem eu deveria ser.
Comemoro assim então,em palavras tortas,e antecipadamente, meu pré aniversário!

28 de janeiro de 2011

Amor

Você tem certeza que é amor quando ele vem andando debaixo de sol quente para te ver.Quando segura sua mão enquanto você coloca um piercing novo,quando conta uma piada no meio de um filmão de terror e você gargalha e faz todo mundo rir junto.
Ah,é amor!E na verdade pode nem acontecer dessa mesma forma,mas você vai saber quando chegar.

21 de janeiro de 2011

Favoritos

Tomei enfim a ultima dose de decisão e por fim,acabei me livrando dos favoritos,aqueles da lista antiga.
Esperei a cabeça esfriar,as mãos pararem de suar para que o ritual fosse feito de maneira natural,sem ficar em mim aquela velha sensação de promessa/obrigação.Foi fácil,e em segundos já não encontrei mais meus amados nem na lixeira do computador,sinal de que eu não poderia voltar atrás,nem se quisesse...
Forcei algum tipo de saudade,algum tipo de remorso e tentei sentir qualquer espécie de sentimento que me mostrasse que eu estava errada,mas nada senti.Perdi a graça,o interesse e aquele amor por meus queridos.
Acho que nunca senti amor de verdade,acho que nunca foram tão favoritos assim.A mudança só veio agora,meio repentina e sem querer.Eu sinceramente espero não olhar para trás e seguir em frente sem eles,(nem)tão queridos assim.

13 de janeiro de 2011

Daqui um mês

Daqui um mês completo 19 anos,ou como eu gosto de pensar,comemoro meu último ano teen.
A "vida adulta" realmente começa aos 18 anos. Os benefícios vieram,mas junto também apareceram as responsabilidades,as noites sem sono e as primeiras correspondências no meu nome. Poxa,muita coisa me aconteceu. Eu amadureci em alguns aspectos, e continuei pecando em outros... Talvez seja a personalidade e aquele gênio difícil. Talvez seja só teimosia,não sei!
Enfim. Que nesse ano de 2011,ao completar 19 anos, que eu possa melhorar,que coisas boas me aconteçam,e que eu possa ser feliz,hoje e sempre!
Feliz véspera de 1 mês de aniversário.

7 de janeiro de 2011

Dia Comum

(...)

Olhou pela janela do carro.Já não sentia mais a mesma emoção de dirigir o carro do ano.O vento batia em sua testa,pois seu cabelo já estava ralo e sem brilho.
Perdera tudo nos últimos segundos,até a alma.
Lançara-se em um abismo sem volta,sem pensar e sem medir a altura.Esquecera do mundo real e se entregou a maior fantasia do mundo.Seu mundo.
Perdera a dignidade,o brilho e até certo respeito.Já não era digna de mais nada.

(...)

Quando deu por si,estava dirigindo seu carro do ano em plena Nove de Julho.
As pessoas sorriam para sua matéria.Ela,olhava pelo retrovisor e enxergava o real.Nunca vira tanta verdade refletida.Não sabia o que pensar,deixou-se derramar então.



"Porque 'hoje é mais um dia
como outro dia qualquer'.
É só um dia então como outro dia qualquer,
em que você não é ninguém
especial pra ninguém."


Um Dia Comum - Dance Of Days

2 de janeiro de 2011

Eu te explico...


Eu adoro a forma como você arruma os fios das coisas,é um pouco certinho demais,mas eu gosto.
Eu odeio quando você deixa a bermuda espalhada pelo quarto,quando bagunça minha cama e deixa o cantinho da caixa lo-ta-do com as nossas coisas.
Gosto quando você faz carinho no meu cabelo,mesmo o deixando cheio de nós e armado.
Eu fico brava quando você diz que não come isso e aquilo,quando torce o nariz sem mesmo experimentar.Eu amo quando eu cozinho qualquer coisa simples e você se lambuza,e só sossega quando vê a vasilha vazia.
Eu odeio quando você me imita,quando me lambe e quando belisca meu bumbum.
Adoro quando você me abraça por trás,quando dorme colado em mim e quando reclama por eu ser quente demais.Seu solsinho,né?
Amo sua carinha de bebê,seu charme sem fim,suas manhas,suas manias,seu jeito e seus defeitos.
Detesto quando você chora,quando brigamos,quando você me diz não,quando eu estrago uma surpresa,quando você é grosso,quando grita e quando está longe de mim.Odeio quando você vai embora,quando nos despedimos e eu quero muito mais.Odeio quando a semana demora para passar,odeio não viver 24hrs por dia com você.

E parece pouco ainda né?
Ai eu te pergunto:'Diante de tudo isso,que mais eu posso fazer?'
Ai com aquele sorriso cínico,você responde:'Me amar!'

E você sempre tem razão.Tá ai,isso tudo é amor,bem explicado!