“He’s holding my hands
He loves my hair and my smile,
But he needs to go
He lives here,but I’m not
The love is gone,gone…”
Cantarolava desafinado, porém fluente.
Aquele cantinho na janela nunca esteve tão solitário. A cidade parecia vazia,os ruídos que conseguia ouvir,eram parecidos com os que a agulha faz em atrito com o vinil;incomodava,mas ela sabia que a faixa 6 chegaria em breve.
Da janela, solitária, ela fumava um cigarro e bebia “sangue de boi”. Viu dois casais brigando a um raio de 2 metros, uma puta e um pastor idoso que acabara de lhe dar uma “lembrança”,uma nota simbólica de mil reis. O cachorro ladrava, e alguns gatos se esquivavam dos primeiros pingos d’água.
“He’s holding my hands
He loves my hair and my smile
But he needs to go
He’s still here, cause I’m not
Now,we both know,the love is gone,it’s done”
Ela olhou para trás,havia um estranho na cama. Estava como a cidade naquela noite,suja e só...
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