12 de julho de 2009

Sinto que tardei a ir-me!

Sentia minha presença pesando,olhares malvados,e aquele olhar de mãe que me arrepiava até onde não dava mais...
Onde será que tudo aquilo havia ficado?
Procurei dentro de mim o baú das lembranças,junto com as cartas da tarde e cheguei à conclusão nenhuma comigo mesma.
Se tinha errado não via o erro,não achava o ponto exato.Mas sentia o olhar.Sentia seu olhar como se só houvesse eu e você naquela festa,como se fosse propriedade sua e que não pudesse agir,ser daquela forma.
Corri rapidamente para um refúgio idiota e qualquer, e tentei não me recordar daquela carta de despedida que lhe escrevi.Será que a mesma chegou a suas mãos?!
Creio que não!Caso contrário,não terias me olhado nem me tratado com tanto desprezo...
Você deve ter se lembrado de alguma coisa enquanto ouvia aquelas canções...Será que se lembrou de algo mal resolvido?!É bem provável que sim.Mas sei que isso irá te ajudar...
E aquela mãe?Que tamanha tristeza carregara ali,naquele olhar de anos?...
Não via mais a motivação de sempre.Acho que o tempo e as tragédias tomaram conta de carregar suas receitas e suas alegrias para longe...
Talvez desejaria estar em outro lugar,com outro amado,num lugar onde não precisasse existir um “EU” com coisas,tarefas e problemas a resolver que não mexessem tanto com sua vida.
Não sei!
E provavelmente continuarei a não saber!Isso não me cabe,já não pertence mais a mim...
Fico exatamente por aqui,como estou.Sem te ligar nem revelar nome algum!
Perdoe-me novamente pela falta de atenção e de ter tardado a ir.A cabeça já não pensava mais e, no entanto,eu queria demais estar aqui e te por para fora...

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