30 de setembro de 2012

Dois em um

Há quem jure de pé junto que ela é mandona.
Uns acham que ele é um vigarista e que só quer brincar com os sentimentos dela.
Há quem não defenda nenhum dos dois,
Há quem ame muito esse casal e espera ansioso pelo próximo capítulo.
Ela tem certeza que se houvesse uma premiação, ganharia sem muita luta o prêmio de "drama queen" do ano.
Ele não gosta do escuro, mas dorme com portas e janelas fechadas ao lado dela.
Eles brigam
Eles se amam
Eles são namorados e acima de tudo um casal nada convencional
Ela jura que na lua de mel, eles vão se dar conta que a vida de casado não é pra eles, e felizes chegarão ao acordo de cada um morar em casas separadas.
Ela vai implorar pra ele ficar todo domingo a noite, e ele vai ceder.
Não poderia, de maneira nenhuma, ser diferente.
É curioso e bonito de ver como dá certo. Duas pessoas tão diferentes, e tão iguais.
Eu poderia dizer, que por questões astrológicas, ela é o paraíso astral dele, e por isso estão juntos.
Mas é muito mais que isso.
Muito mais!
Ele também é o paraíso dela,e não preciso de estrelas para dizer isso.
Apenas afirmo, meus caros,
Que do caso mais raro e eficaz esses dois sofrem
Tornaram-se um só, com dois corpos diferentes, mas único no amor,e na sinceridade que sentem...

7 de setembro de 2012

Persona

Estou cansada e sem o ânimo necessário para continuar com certas coisas, manter certas máscaras. Fui até o "quintal", sentei e chorei como se não houvesse mais ninguém ali, além de alguns insetos que desfrutavam de meu corpo, e de minha agonizante companhia. Num desejo desesperado, quis que o mundo acabasse naquele momento, pois não aguentaria outro soco semanal, mais uma sessão de choro descontrolado e sem fim. Não era a primeira vez que isso acontecia, mas o mais surpreendente, é que cada vez mais eu não sei o que fazer, como reagir e não ser tão assim, uma outra pessoa que por deus, eu não gosto de ser. Lembrei com carinho das minhas curvas, do meu cabelo grande que caia sobre meus ombros e das voltas que ele, rebelde fazia. Lembrei de uma época sem cobranças minhas, ou dos outros, de como tudo havia mudado bruscamente e senti nojo de mim mesma. Estava ali, sentada num estado de autoflagelo tão imenso, que só via o que eu mais abominava em toda a face da terra. Devo ter ficado mais de duas horas sentada ali sem reagir. Quando enfim consegui erguer a cabeça e respirar sem o nariz estar congestionado, já havia anoitecido e eu precisava ir para a aula de fotografia... Sai cordialmente pelos fundos, fui até o banheiro, lavei o rosto e usei um pouco de maquiagem para disfarçar as imperfeições daquela tarde. Queria mesmo era que todos soubessem o que se passava comigo, queria colo e talvez algumas palavras sem fundamento, mas de carinho. Olhei fundo na bolsa, e encontrei algumas personas lá no fundo. Peguei a melhor delas e fui até o estúdio. Anestesiei-me de mim mesma e ainda hoje, aceito a sombra do que não quero ser.

25 de agosto de 2012

De esquina

A semana me veio como um soco na boca do estômago. Daqueles que você vê vindo, mas não consegue desviar. Ou porque sabe que realmente merece aquilo, ou porque você achou que o agressor não teria tamanha coragem. Senti um gosto amargo na boca, me olhei no espelho e me senti horrível por estar com a cara toda vermelha, inchada e sem a menor dignidade. Como eu consegui chegar tão fundo, feder tanto assim? Lembrei do que havia passado até chegar aqui e me senti extremamente estúpida. Mais do que nunca, dei meu braço a torcer e admiti: estava viciada, e fora longe demais. ___ Tive que tomar alguma coisa forte, procurar um outro vício que fosse mais bonito e me caísse melhor. Fiquei tão bêbada quanto um gambá e voltei a procurá-la. Minhas mãos tremiam, meu coração pulava para fora do peito. Estava nervosa. Todos me vigiavam, e nessas alturas do campeonato, qualquer passo meu já era suspeito, já fazia com que me olhassem com desconfiança. Quando conseguia dar um olé na galera, a procurava dentro dos meus pertences e lá estava ela; sem nada de mais ou a menos. Eu sabia que não devia, que era errado e que sua presença, por mais insignificante que fosse, fazia com que eu me sentisse a pior pessoa do mundo. Pensava nela até nas horas mais banais do dia. Me questionava se ela também estaria pensando em mim, se estava comendo as mesmas coisas que eu, ou se pelo menos, por mais discreta e hipócrita que fosse, compartilhasse do mesmo sentimento que eu. Mas que sentimento idiota era esse? Já havia sonhado muitas e muitas vezes com seu rosto roliço, mas não sentia prazer pelo seu excesso de carne, ou suas ideias baratas de uma vida inexistente. Admitia a mim mesma que sua presença, a busca pelo seu existir quase insignificante me dava prazer, mas não conseguia explicar a mim mesma, ou para os outros, o porquê sentia tudo isso. Procurei compará-la a um palhaço. Nada me faz sentir mais desprezo na vida do que um palhaço. Procurei me dizer, e acreditar que tudo aquilo era mentira, que eu sabia qual era a realidade e que não podia ser tão trouxa ao ponto de continuar com tamanha banalidade. Pensei que era uma viciada, num vício que ainda me trazia certa sanidade, com um efeito alucinógeno tão grande, que eu pudesse parar a todo e qualquer momento. Mas não, não mais. Enfim consegui falar disso e tirar, só por hoje esse peso que tanto me faz mal, e que eu sei, mas infelizmente não percebo. Continuarei bebendo, com a graça de deus, e frequentando a rehab para um dia, escrever aqui cartas de adeus, e descrever a angustia de uma saudade de algo que eu sequer tive.

2 de agosto de 2012

Conversa

Ela me chamou pra falar do trabalho, pra me passar mais algumas dicas, mas nada fez. Me olhou firme nos olhos, perguntou se estava tudo bem e eu não pude mentir para aqueles olhos cor de café. Chorei na frente de uma semi-desconhecida e contei tudo que sentia pra ela. Expliquei minhas razões e ela como um anjo me acolheu, falou coisas incríveis que eu nunca vou esquecer. Ela me deu força, me iluminou e me disse coisas que eu precisava ouvir, tive um colo de alguém que eu, talvez, não esperava receber. Terei ajuda daqui pra frente. As coisas vão seguir e tudo vai dar certo, fiquei otimista!

1 de agosto de 2012

Em ritmo de despedida.

Fiquei um mês de férias do trabalho junto com a faculdade. Precisava de um tempo pra fazer nada, e cuidar um pouco mais de mim, gostar mais de mim. Dormi até mais tarde, acordava e ia dar o meu máximo na esteira e na biscicleta. Emagreci quase 3 quilos e perdi medidas, ainda que só notáveis pra mim, no meu corpinho que por conta da correria ficou gordinho. Me senti tão bem, e peguei um gosto pela academia que decidi estender isso para o pós férias: farei academia na faculdade! E com fé, até o final do ano (e se os doces e interdiciplinares permitir), estarei um pouco mais magra. Enfim, esse um mês longe me fez bem, mas não deu férias para a minha maior inimiga: a ansiedade. Acho que desde que tenho conciência do que isso é, eu posso com segurança admitir que sou uma pessoa extremamente ansiosa e futurista. O agora, importa sim, mas o futuro, parece mais importante, porque vai além dos meus olhos, daquilo que eu posso controlar e pior, ter certeza. Queria saber de todas as coisas e saber se hoje, tudo está valendo a pena. Dá medo, insegurança e uma canseira da rotina toda. Mas ai, vem o impulso e me faz agir para não ficar pensando muito enquanto o tempo voa. "Tranquei" o inglês por esse semestre, e comecei a finalmente procurar estágio na minha área. Agora é esperar por um tempo que eu não tenho domínio e contar com a sorte infinita. Ou não. Enquanto isso, vou me despedindo da Full Time (que não será difícil) e abrindo espaço e caminho para novos ares. Logo menos terei 21 anos, isso pesa demais pra mim, mas falarei disso mais tarde. Mas já penso nas próximas tatuagens, nas histórias que guardarei na minha pele... Por enquanto, vou deixando um breve adeus, até o dia em que eu esteja, por um tempo, fixa em outro lugar...

28 de julho de 2012

Veneno

"Os outros, aqueles que são diferentes de nós e com os quais não nos identificamos, mas que julgamos a partir de nós mesmos, ou seja, o que não conhecemos, porém classificamos conceitos prévios de algo que não sabemos a essência do preconceito (pré-conceito). Ao classificar algo que não conhecemos, utilizamos parâmetros exclusivamente nossos, assim, se chamamos alguém desconhecido de selvagem, de bárbaro, estamos na realidade falando de nós mesmos, pois o outro certamente não possui nada do que erroneamente imaginamos, estamos vendo-os pela primeira vez, daí talvez a origem dos conflitos culturais, pois sempre achamos que nós, nossa cultura, é a correta, a escolhida, a que foi abençoada por Deus. No entanto, o conhecimento do outro é um processo lento, que envolve o querer conhecer e despir-se, se possível, de si mesmo para poder apreender o outro, aprender com o outro, conhecer-se a partir do outro".
(COPANS,1971:14).
As ideias que se alojam na cabeça navegam o corpo implorando por reações involuntárias. As mãos suam, o coração acelera, a pele arrepia e a pupila dilata. Dá vontade de agir, de destilar veneno e ferir, mas nada é feito, pois o pouco de antidoto que ainda existe, (chame consciência, emoção), não permite que o seu lado mau aflore. A ideia que foi colocada é barata, sem fundamente e comprada em qualquer esquina, com qualquer conhecido. Compra-se, talvez, porque aquele “lado bom” que existe diz que é feio julgar sem conhecer e falar do que não sabe. Então, o que te consome de veneno, concorda com a compra, pois além de tudo, como se não bastasse, ele tem preguiça e não concordaria com uma pesquisa rápida que fosse. Sem contar o medo de ser surpreendido e ferir o tão amado ego. Como reagir a surpresa de que o outro, ou a outra coisa é diferente daquilo que sua cabeça criou? É possível render-se ao desconhecido, ou continuar, erroneamente com a cara da ignorância estampada no semblante. Faço esse texto, sinceramente pensando em todas as vezes que eu fui venenosa com o outro e outras coisas. Pensando nas vezes que eu me contentei com compras de ideias baratas que nem eram minhas. Me sinto pequena e um pouco enojada. Algumas vezes tive sim razão, e em muitas outras feri meu ego. Levei muito a sério esse negócio de “Meu santo não bate com o seu”, e percebi que nem sempre é assim. O que não bateu foi a coragem mesmo em conhecer o desconhecido, e se abrir para o novo, que sempre, mesmo que o queira, traz um desconforto danado. Aprendi umas coisas muito interessantes ontem. Me lancei no desconhecido, no que sentia medo, e percebi que nem sempre, ideias demais, julgamentos demais fazem bem a cabeça e ao coração. O ódio cega, e torna tolo o mais interessante e inteligente dos homens. Eu continuo passando sabe-se lá Deus que imagem ao meu semelhante. E fazendo tantas outras também. Por que não?! O único desejo, talvez, é que daqui pra frente haja menos preguiça, menos veneno e menos compras. Eu acho que continuarei com certa acidez vez ou outra, mas preste atenção, é de vez em quando, na maior parte do tempo sobrará ironia e sorrisos sinceros, e nada venenosos.

23 de julho de 2012

But we're best friends, right?

Hoje, faz um ano que a Amy tomou o último gole e foi cantar num lugar lindo, onde outros tantos maravilhosos estão também. Só de imaginar um paraíso onde Cazuza, Cássia e Amy cantam, sinto vontade de passar dessa para a melhor. Mas, não! Por enquanto não! Ouvi Amy pela primeira vez num desabafo, em "Rehab", ela com aquela voz deliciosa, dizendo que estava bem e que não tinha dias a perder. Aquele cabelo grande e volumoso, e é claro, aquele delineador maravilhoso fez com que meu santo batesse com o dela na hora. Dalí então, lembro que eu e minha amiga Fê, na época, tentávamos levantar os mais altos dos topetes, as maiores argolas e caprichar com o olho bem delineado e forte. A Fê e as nossas aventuras se foram. Mas a Amy, só amadureceu cada vez mais dentro de mim. Posso dizer que Amy era aquela amiga quando eu estava pra baixo, e todo o resto estava ocupado demais para estar comigo. E também, aquela que me colocava para cima. Até hoje é assim, Amy em todos os dias e em todos os momentos. Não consigo descrever o que ainda sinto quando eu vejo o DVD dela. Fico em êxtase, é maravilhoso. Amy era o doce dos problemas, e mais uma pessoa que tinha problema com as drogas e o álcool. Infelizmente, a mídia a tratava como um espetáculo, uma bomba que explodindo, por mais uma vez, daria uma matéria sensacional e agradaria aqueles que ansiosos, já esperavam sua morte. É triste perder uma grande alma assim, uma voz extraordinária e letras tão profundas e tocantes. Amy faz falta em carne porque em meio a tantos "thu e thá" que existem por ai, ela salvaria meus ouvidos egoístas de mais essa. Enfim, Amy para mim é eterna. E mais eterna ainda ficará na minha pele. Em breve, Farei uma tatuagem com uma frase dita por ela que muito me descreve. Uma homenagem talvez, e mesmo que um dia essa febre toda passe, terei registrado no corpo o que fomos, mesmo que indiretamente, uma para outra.
Obrigada Amy, mais uma vez!

12 de julho de 2012

Sobre ela, ainda.

Faz tempo que eu não a vejo de perto, que não a abraço, nem sei mais como ela anda, o que sente. Em mim, ficou só o melhor que tivemos e só consigo sentir amor por ela, qualquer outro sentimento seria hipócrita da minha parte. Ela ainda tem a mania de se achar certa em tudo, de esconder o lindo amadeirado e encaracolado de seus cabelos em uma cor avermelhada e sem graça. Mas ela ainda mantém seus olhos pintados, seus olhos que quando choravam pra mim na varanda quase ficavam verdes. Sinto falta das coisas que fazíamos juntas, das referências que criamos e de toda aquela loucura adolescente que passávamos toda noite de sexta, ou mesmo todos os dias, porque viver ao lado dela era uma loucura, uma montanha russa onde eu nunca sabia se na próxima curva estaria no alto, ou em baixo. Era inconstante, me sentia mal e nunca dizia não, mesmo que a gente brigasse feio e meu nariz sangrasse no final. Um dia, talvez por sorte ou azar (isso eu nunca saberei) nós nos desprendemos e agora somos só lembranças uma pra outra, eu sei. Há coisas que eu nunca vou jogar fora, e eu sei que quando ela me olha, ela tem a mesma sensação que eu tenho, mesmo que ela finja se esquecer do meu aniversário, ou que não me deseje mais feliz Natal. Depois dela, o meu julgamento para as pessoas do signo de câncer é um só. Mas não cuspo muito para o alto, porque sei que parte da pessoa que eu sou hoje aprendeu com essa menina, ou melhor, com essa mulher. A única mulher que eu já amei na minha vida.

13 de abril de 2012

"Eu juro que não é tristeza, é apenas cansaço. A chance de dormir algumas horinhas a mais,mudaria quem eu estou agora,te prometo!"
Ela dizia isso baixinho enquanto chorava e pensava nas malas prontas e as passagens pra lugar nenhum que ela comprara de manhã. A rotina pode não acabar, mas estraga muita coisa. E ela,estava cansada de acordar cedo, e ter que sempre dar satisfação a alguém, deixar de fazer o que queria,por ter assumido o compromisso de agradar alguém. Os planos já não cabiam naquela espera toda, então era dada a hora de sair dali, para o bem de todos.
Despediu-se novamente, e dessa vez tomando licor, soluçou, e o choro parou. Olhou de novo para o espelho, o celular apitava o compromisso do dia seguinte. Já passava da meia noite e ela decidiu de deitar. Amanhã acordaria cedo de novo. Talvez a viagem ficasse para outro dia,talvez.

28 de março de 2012

Era uma vez uma menina. Uma menina de cabelos longos e negros, pele bronzeada pelo sol, e muita pressa, muitos sonhos na cabeça. Ela achava que o tempo fazia tempo de mais,e sempre que podia, dava um jeitinho de dar um olé nesse cabra. A menina seguiu assim vitoriosa por um tempo... Mas o tempo passou e essa menina cresceu. O tempo, a transformará numa mulher, e então,ela percebeu que o tempo, que fazia muito tempo, não era tão justo e legal quando se tem 20 e poucos anos. Os sonhos ainda permanecem, a pressa então,nem se fala! Mas ela deixa tudo fluir, e troca o desespero por algumas horas a mais de sono. Sente falta daquela menina que burlava (ou achava burlar) o tempo, o tempo inteiro. Hoje ela sabe que o tempo é rei, e que apesar de toda sua teimosia, é preciso obedecer.

22 de março de 2012

Girassol

Perdi toda e qualquer vontade de escrever nos últimos tempos. Notei que quando parava para escrever,não soava mais poético e lá estava eu reclamando de alguma coisinha-inha que havia acontecido no meu dia, na ultima semana.

Fiz 20 anos à pouco mais de um mês,e sinto falta daquela menina interessante com 16/17 anos. Que tinha lá suas inseguranças,mas não vivia na sombra, que encarava as coisas e não pensava tanto assim no agora, no depois. Eu tinha sim meus planos para um futuro,mas não tinha a frustração,nem o medo como melhores amigos.
A questão é que envelheci (e não acho legal comparar a velhice com algo chato),mas me sinto entediada de mim mesma,sem vontade até de estar comigo... Daí,como fazer com que os outros a sua volta sintam vontade de ficar?!

Tenho tantas dúvidas idiotas na minha cabeça,fiquei tão apegada a coisas que não existem mais que não consigo me adaptar as novas mudanças,ver as coisas boas que eu tenho agora.
Fiquei comum e sem graça.Achei que nunca diria isso,mas cansei da minha "adultice" toda.

26 de fevereiro de 2012

Sunday Morning

"But things just get so crazy living life gets hard to do
Sunday morning rain is falling and I'm calling out to you"


É domingo de manhã,a leseira da noite anterior se foi,eu começo a pensar e pensar nas coisas;sou uma outra pessoa agora.
Com a cabeça quente a gente não pensa,quase sempre diz sem querer e até o que não devia.Deixa alguns segredos escaparem e acaba se transformando em algo que não é,ou que não deveria ser.
Pensei de novo... Tantas coisas novas acontecendo,e eu numa curva sem poder olhar o horizonte e ver se vem chuva. Mas,e se fizer sol? Não,é mais fácil se prevenir,diminuir a aceleração e buscar algum lugar para se proteger dos pingos de chuva,que talvez nem venha,o que me deixa ainda pior.
É domingo de manhã e agora eu consigo raciocinar com a cabeça no lugar. Uma conversa franca e dura, me faz parar e olhar ao meu redor. O que eu tenho é o hoje, o ontem passou e já não volta mais. Amanhã é outro dia,um dia de incognita e que talvez nem aconteça,que talvez não chova. E mesmo não sendo fácil, me coloco a disposição para poder estar intensamente no hoje,sem me preocupar com o horizonte do depois e do depois...
Eu e minhas metáforas. Daquelas que eu já prometi não falar mais,e que só eu entendo.

12 de fevereiro de 2012

Fechando uma éra,começando uma nova década.

Daqui algumas horas,eu entro na casa dos "inte",e mesmo quando completei 16,e alguém me disse que passaria rápido,eu nunca havia parado pra pensar em mim,mulher com vinte anos. Estava ocupada demais curtindo noites gays a fora,com amizades que, naquela época eu jurava ser pra sempre,ser eterno.
Quando as pessoas olham pra mim e dizem "você tem apenas vinte anos,tem muita coisa pra viver", eu concordo,mas por dentro dou um sorriso largo e ironico. Pra mim,eu já vivi muito, aprendi muito e não me arrependo de nada que fiz, sério.Eu se pudesse, até pediria mais uma daquelas noites quentes no Bocage com toda aquela intensidade gostosa.
Penso na vida como um filme,por enquanto sem final.Penso em mim,e a vontade de relatar minhas memórias e torna-las publicas,é forte demais. Não sou alguém que tem muito a esconder, ou muitos segredos,mas há coisa em mim, que ninguém mais sabe.
Enfim,parece pouquinho, mas eu realmente me sinto estranha com essa nova dezena.Mas feliz com todas as coisas que eu já conquistei até agora.E para comemorar,se tudo der certo, mês que vem faço uma tatuagem que representa um sonho infantil,e uma paz que não sinto mais faz tempo.
Feliz,pré aniversário a mim.