(...)
Olhou pela janela do carro.Já não sentia mais a mesma emoção de dirigir o carro do ano.O vento batia em sua testa,pois seu cabelo já estava ralo e sem brilho.
Perdera tudo nos últimos segundos,até a alma.
Lançara-se em um abismo sem volta,sem pensar e sem medir a altura.Esquecera do mundo real e se entregou a maior fantasia do mundo.Seu mundo.
Perdera a dignidade,o brilho e até certo respeito.Já não era digna de mais nada.
(...)
Quando deu por si,estava dirigindo seu carro do ano em plena Nove de Julho.
As pessoas sorriam para sua matéria.Ela,olhava pelo retrovisor e enxergava o real.Nunca vira tanta verdade refletida.Não sabia o que pensar,deixou-se derramar então.
"Porque 'hoje é mais um dia
como outro dia qualquer'.
É só um dia então como outro dia qualquer,
em que você não é ninguém
especial pra ninguém."
Um Dia Comum - Dance Of Days
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