25 de setembro de 2011

Meio termo

A guerra entre o meio termo e eu é constante,sem fim,sem meios de um acordo amigável.
Ontem nos encontramos mais uma vez naquelas presepadas que ele adora me pregar.Eu talvez já tenha nascido sem paciência,mas juro que ao longo dos anos eu fui mudando por mim e pelos outros,porque eu era,de verdade um perigo para a humanidade.Ainda sou,mas danifico apenas o meu mundo quando o assunto é tolerância,meio termo.E para ser sincera,eu estou cansada disso.De me danificar pelos outros,pela falta de consideração e outras coisinhas.
Não consigo achar um equilíbrio entre o "ser legal" e o "ser durona",sem pecar por excessos.(Malditos excessos!) Queria poder ser durona sem perder as pessoas,e ser legal sem que alas sentassem no meu lombinho e me fizessem de burro de carta.
Estou nesse dilema idiota,sem saber o que fazer.

19 de setembro de 2011

Obsessões.

Começo pelo que posso,pelo que não me compromete muito.
Há a satisfação em mim em saber,em estar e presenciar acontecimentos.Sempre achei saudável tal prática,sempre me senti esperta por saber demais,por ir sempre além.Fico a milímetros de cair do abismo sem fim,e tudo que sinto,não me dá medo,e sim prazer!De uma forma suave e devastadora me faz ficar fora do corpo,me faz querer ir adiante,sem saber se irei cair,se irei me machucar...
Eu já tive fases como a do guarda roupa,do armário do banheiro,da geladeira,e a da gaveta.Agora,depois de velha,me interesso por pessoas.Qualquer uma,interessantes ou não.Pessoas,meninas para ser mais específica.
Eu talvez tenha amado demais uma ingrata que me deixou muitas desnecessidades para um corpo só.Ela ainda me intriga,ainda é e sempre será um constante mistério canceriano a me sondar.Mas por ela,não posso sentir outra coisa se não amor.Ainda a amo,mas a obsessão por ela se foi,passou.
Tive a pouco,uma experiência.
Uma amiga que me escondera um segredo valiosíssimo!
A persegui por alguns dias,talvez meses,mas agora cessou,não sinto mais nada,apenas crio a necessidade de precisar saber.Em vão, porque por ela já não me interesso mais.
O mesmo anda,ainda,acontecendo com a garota dos antigos textos,aquela que literalmente não saiu da minha cabeça,veias,pensamentos,ficção!
A encaixo no quadro das "não interessantes".Sem nada a acrescentar,sem mais novidades,e nada que me faça dar um passo adiante e pular do abismo.
Mas...
Confesso uma atração/obsessão que me deixa enojada em todos os aspectos.Um nojo que deixa de ser só meu,e que o torno em nosso!
Cheguei a conclusão irônica,de que se eu sinto,ela também deve sentir.
Obsessão...Me sinto bem em falar nisso,assumir talvez metade da culpa,encher-lhe os olhos e o ego de alegria.Embora não seja,nem passe de algo que já está para acabar,gosto de enfim tirar mais essa dos ombros.
Estou,quem sabe,acomodada à monotonia de uma única vítima,do veneno que sossega no olhar,do silêncio que morre no ouvido alheio.