27 de setembro de 2010

Mudança

Lembrei no finalsinho,quase parti sem pegar suas coisas.
Três camisetas básicas,uma calça jeans e uma bermuda,que por sinal eu odeio!Um perfume,um presente,e por final você,mas você vai embora quando anoitece,as suas coisas ficam.
Quero um dia,fazer a mala por completo e te trazer de vez pra mim.Quero que você deixe de ser visita e fique de vez,quem sabe,pra sempre.
Te amo,e falta apenas um dia para mais um mês,e três meses para mais um ano,para termos dois em quatro,para sermos mais eternos.

Lições

Ela me olhou com certa arrogância no olhar,cuspiu no meu nome e ergueu o vestido na altura das coxas e me mostrou suas partes como quem queria mais.Parecia uma puta.
Desejei-lhe boa sorte,e a garota debochou de mim inflando os peitinhos e dizendo que não precisava da sorte,já nascera com ela.
Senti certa dó,e meu coraçãozinho mole se deixou levar pelo belo par de pernas.
Ela me disse que agora pensava em si primeiro,que os outros seriam consequência,que seu bem estar e seu umbigo viriam em primeiro lugar.Perguntei se já não significava mais nada para ela,e ela me sorriu amarelo e saiu de nosso quarto.Tive vontade de ir atrás e lhe dar uma bofetada bem dada,deixar minha marca em seu rosto.
Não o fiz,e ela entendeu então.
Nunca mais olharia para trás.Prometi nunca mais ser tão,tão legal...

24 de setembro de 2010

Soube o que encontrar
Sem olhar no chão e sem se rasgar
Sentou na mesa e começou a chorar
Sem calma,com certa tranquilidade me lançou um olhar
Soube então o que ela queria,já não precisei adivinhar
Sua criatividade foi-se embora e minha autenticidade falou mais por nós

Ela se retorcia,
Negava,
Torcia o nariz e soluçou:
'Gosto de imitar'
Já tinha percebido como ela andava
Não fiz nada,apenas a olhei...
Era linda de se admirar.
Eu estava linda naquele olhar.

22 de setembro de 2010

Sobre espaço

Quando eu paro para pensar em espaço,logo penso em milhares de umbiguinhos redondos presos em quadradinhos com cercas e alarmes.Me vem a ideia total de individualismo,e isso às vezes me incomoda mais,sei lá.Me faz perceber que as coisas não são tão únicas assim,e que parar para prestar a atenção no outro,pode resolver muitas coisas.
Acho que o mundo está muito calado,muito quieto e algumas pessoas,não aguentam essa pressão e acabam explodindo de vez expondo suas ideias de maneiras agressivas e certas vezes até constrangedoras.
Você já deve ter passado pela Praça da República a tarde e deve ter visto um evangélico gritando ao sete ventos que o fim está próximo,e que só terá salvação quem acreditar Nele.Já deve ter visto também um menino,ou ora uma mulher que fazem alguns exercícios de matemática e mostram o "impossível" em segundinhos na lousa improvisada.Tem também,os Vegetarianos que em dia de "Mc Dia Feliz",só faltam se rasgar em mil pedacinhos e te obrigar a comer um pedaço.Os homofóbicos reprimidos,os gays sem pudor.Sem esquecer daqueles que juram pela própria mãe que já viram,já tocaram um OVNI e um extraterrestre...
É engraçado de ver como as pessoas sentem a necessidade de formarem tribos únicas onde todos tem as mesmos ideais e pensamentos idênticos.Pode até ser uma comparação chula,mas isso me faz lembrar um pouco da Alemanha Nazista,e daquele bigodudo que queria que as coisas fossem do jeito dele,sem tirar nem por.
Ficamos tão isolados,tão ocupados com as coisas do dia a dia que esquecemos que conversar é o essencial.É preciso conversar com alguém pelo menos uma horinha por dia para não enlouquecer...Digo isso,pois convivo com pessoas assim ao meu redor.Se acham superiores as outras e acham que suas ideias,seus conceitos são melhores do que qualquer um outro,sem esquecer de que há um outro alguém a julgando e transformando tudo numa bola de neve sem fim.
Queria que as pessoas parassem tanto de gritar nas ruas,de mostrar suas ideias desesperadas a simples passageiros.Queria que por um dia,todos saíssem de casa sem se preocupar com seus celulares,ou sua vida social na internet.Seria bom parar um pouco e ouvir.A cidade,as pessoas tem tanto a dizer...
Esquecemos tanto dos amigos,de velhas pessoas que acabamos sozinhos e isolados numa bolha onde nós mesmos nos colocamos,ai acabamos invadindo o espaço do outro.Seja com o celular nas alturas ouvindo o que você quer,seja desrespeitando o que as pessoas comem,vestem acreditam ou são.
Não sei,falta muito ainda,e talvez nós nem sejamos pessoas que um dia evoluirão.Tudo parece ter regredido e piorado cada vez mais.Sinto falta de pessoas de verdade.Me entristeço com esse comodismo todo.

20 de setembro de 2010

No vem e vai

De tempo em tempo,é bom dar uma pegadinha nos arquivos mais antigos no blog e ler.É legal ver como o jeito de escrever muda,como alguns vícios e manias ficam para trás.
Hoje eu li os meses de Janeiro e Fevereiro daqui.Estava tão feliz e com uma visão totalmente diferente da que eu tenho hoje.Achava que fazer 18 anos seria o maior acontecimento da minha vida,e que estar na universidade seria a melhor coisa de todas...Não posso reclamar dos 18 anos porque eles estão sendo legais,só não faço mais coisas agora por falta de companhia e talvez de boas ideias.
Já não vejo mais as coisas como via a meses atrás.Agora acho que tenho uma visão mais 'Stephanie',mais realista e menos futurista e sonhadora do que a 'Zoka' tinha.Não deixei de sonhar.Ainda não consegui me livrar desse apelido,mas acho que tudo bem ter um apelido não óbvio e que me trás até um conforto dos tempos de menina.
Puxa!O tempo vai passando e hoje em dia sou mais mulher,dou mais importância para certas coisas e aprendi a usar base e corretivo.Não estou na faculdade que eu quero,fazendo o curso que eu quero.Estou confusa e mais do que nunca preciso me decidir,e logo!
O tempo está passando,ainda tenho a mesma pressa de antes e tenho certeza que isso não vão mudar.Daqui a pouco,mais uns meses a frente,eu volto para dizer como as coisas ficaram,como eu me redescobri de novo no meio desse meu mundo de palavras.

19 de setembro de 2010

Passado







Peguei de volta essas fotos na semana que passou.A nostalgia bateu e eu revivi esses momentos de novo,mas foi estranho,não foi completo...
Nas fotos eu deveria ter uns 15/16 anos e vivia no auge das coisas boas.É bom ter esse tipo de recordação.
Estava de todos os jeitos.Cabelo natural no rolê,sem muita maquiagem e quilinhos mais magra.
É estranho e ao mesmo tempo legal ver como todo mundo mudou.Tanto por dentro quanto por fora.
Bons tempos,sem dúvida!
Prometo nunca mais me desfazer das fotos.

18 de setembro de 2010

Fofa!

Essa semana eu andei bem fofa,bem legal!Fiz coisas que eu só costumo fazer quando acho o motivo bem digno e especial,sério!
Eu não gosto de muitas coisas.Muitas coisas que a maioria das pessoas jamais vão entender e que não dá para ficar criando teorias e mais teorias em cima das minhas razões porque são minhas!
Um exemplo dessa minha "onda legal",foi manter contato,fazer a legal com pessoas que não são tão importantes assim,mas que são um desafio para mim ainda.Não sei,mas tudo que eu fiz me fez pensar e repensar em tudo que eu acredito e defendo.Não gosto que as pessoas se prendam muito a qualquer sentimento.Não gosto quando odeiam demais,ou quando gostam demais exageradamente.Acho que certas coisas não precisam ser ditas e nem repetidas diversas vezes.Odeio repetir!Odeio ouvir as mesmas coisas sempre e ainda ter a esperança remota de que as pessoas possam mudar e serem melhores,ao meu ver.
Não sei...Acho que o problema sou eu!
Às vezes tenho vontade de sair falando um monte por ai e começar uma briga.Tenho vontade de ser mais ignorante e mandar as coisas na lata,sem pensar.Mas isso não é maduro.E sinceridade de graça faz mal,muito mal!
Não queria enfartar um dia,ou dormir pensando nos montes que eu tenho a fazer.Mas está tudo bem.Dar uma resposta aqui e ali não vai fazer mal,des de que eu saiba com quem estou falando,não é?!
Mas uma boa dica,e prova de que eu não sou tãao fofa assim:
-Não brinque comigo.
-Cuidado eu mordo e acho graça.
-Não gosto de muitas coisas e quando não gosto,não gosto e pronto!Não a nada que se possa fazer.
-Eu sou legal,vai.
-O blog é meu.Se você não gosta daqui,já sabe o que fazer não?

Esqueci de mencionar os rabos,mas isso é desabafo pra outro momento!

15 de setembro de 2010

Sobre nós

Te acho distante às vezes.Parece que mesmo perto estamos longe um do outro.Você com a cabeça em qualquer outro lugar,eu com a cabeça na gente,pensando nos velhos momentos,nas mudanças...
Tento estabelecer um diálogo.Quero saber o que você pensa,e o que está fazendo mentalmente.Sua resposta é um calmo e doloroso "nada" e então eu começo a pirar em mim mesma,enquanto te olho assistir à um clássico na TV.Se não é nada,porque você não me olha e fica comigo?Fico pensando que talvez o perfume não esteja muito forte,o cabelo deve estar despenteado,e a roupa não deve estar te agradando muito.Penso nos lugares que podemos ir semana que vem para não te tediar de vez.Quero te animar,quero ver você sorrir e dizer que está vivo,por dentro e por fora.Agarro sua cintura com força.Mostro meu amor e meu desespero por te ter ao meu lado,com qualquer humor,com qualquer sorriso.Você me vê deitada no seu colo,e me olha com seus olhos grandes e verdes.Sorri com o cantinho da boca,e volta ao clássico que começa a me incomodar ligeiramente.Te puxo e te beijo.Um beijo calmo,mas com um sentimento diferente,parece até uma despedida...Paramos e você me olha nos olhos e diz que me ama,que não há mais ninguém como eu,que eu te completo e que nada no mundo é mais importante e maior do que o que você sente por mim.
Ai eu caio no choro!Pura satisfação,somos eu e você e umas paredes simples e desbotadas para completar a cena.
Te amo mais ainda e me dou conta aos poucos que não sou eu,nem você.As paredes caem durante a semana e tudo que era nosso acaba sendo de todo mundo,e visse versa.
Eu te quero cada vez mais em dias de clássicos e em dias de chuva.Quero você quando faz muito calor,e quando nada dá certo.Quero você em todos os momentos,em todas as horas,de todos os jeitos.Quero você num quadrado branco e pequeno.Quero rápido e aos poucos.Que você venha e vá em paz!Que nunca se esqueça que eu quero seu bem.Independente dos meus devaneios,das minhas inquietações e dos meus desejos.Será sempre você.E eu,sempre estarei aqui com,por você!

13 de setembro de 2010

Saudades.

O tempo foi amigo dessa vez!Te trouxe alguém legal,seja essa pessoa um amor,um amigo,um vizinho ou simplesmente alguém para admirar,ou uma doce rotina.As coisas vão indo bem,você começa a se acostumar com essa nova situação,mas de repente,o que era maravilhoso e até então inacabável aos seus olhos,vai embora,e tudo o que você tinha,o que o momento significava vira saudade.Ou quem sabe uma forma sutil para se acomodar...
Não sei lidar com despedidas.Não sei deixar as coisas como estão e às vezes até esqueço que certas coisas não precisam serem ditas nem feitas.Esqueço que a saudade é como o amor,tem que vir dos dois lados para dar certo.Caso contrário,é apenas mais um sentimento só e vazio.
A gente sente saudades daquilo que já passou.De coisas que não vieram e que talvez tenham existido.É como se por segundos pudéssemos reviver tudo de novo.Um pouco mais borrado por causa do tempo,mas com os mesmos gostos,as mesmas sensações e cheiros.Vem ai então a ideia de compartilhar essa saudade toda com quem fez parte desse momento.O primeiro contado,após tanto tempo fica meio no escuro,quase sem graça demais.Você e a outra pessoa mudaram e logo percebem que a distância e o amigo tempo fizeram mais do que tinham que fazer.Nada mais prende vocês dois além da lembrança de um certo momento.
É preciso,antes de mais nada,ter definido se o que se quer é realmente sentir saudades.Dá para não deixar as coisas congelarem e ficarem totalmente fora das mãos.Eu,já me acomodei muito com a saudades que eu sinto das pessoas.Ainda não fiz nada para mudar porque sei que certas coisas são melhores enquanto ainda estão na cabeça.Me acostumei a isso e só me dei conta agora...

(Não disse quase nada do que ia dizer,nem consegui manter um nexo nas coisas,mas é mais ou menos assim:Não gosto de despedidas,não gosto de ver as pessoas se afastarem e odeio quando sinto saudades e já é tarde demais.Odeio buscar algo que não volta mais e que provavelmente nunca mais será igual.
Post dedicado a todas as pessoas e momentos maravilhosos que eu já tive.Se vocês um dia lerem,irão saber do que eu estou falando!)

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A ausência ocupa espaço,ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura quanto é permitido, para alguém em cujo prontuário se lê "sadio". Saudade não é olhar pro lado e dizer, se foi. É olhar pro lado e perguntar, cadê?



So happy I could die

Subi as escadas que davam para fora do club.Respirei fundo e jurei nunca mais colocar os pés ali dentro.Fosse minha vaidade,ou pura consciência falando,não voltaria e nem olharia para trás.Não deixaria mais aquele cheiro de menta e fumaça doce ficar em meus cabelos e pensamentos.O tempo me mudou e eu já não era a mesma que dançava sozinha sob os efeitos de luz.Já não ligava mais para quem estava a minha volta e se alguém iria me ver beber e sair.Cansei,apenas cansei.
Sai caminhando pela rua úmida pensando em todos os passos tortos que já tinha dado ao sair de algum lugar completamente bêbada.Nunca fui de dar ouvido ao que os outros falam,nem de pensar muito se as coisas que fazia eram certas ou erradas.Mas hoje,meu peito apertou e eu tive que largar tudo e ir embora.Parecia que jamais tocaria o chão novamente.Eu,que não sabia o que era chorar,sentei na sarjeta e chorei como nunca,me redescobri ali,sem luzes e sem flashes a volta.Não tinha fãs nem pessoas me adulando por um papo qualquer.
Tomei lentamente o gole da solidão e esperei que o pior acontecesse.Fiz meus últimos pedidos,e desejei que todos aqueles que eu odiava caíssem junto comigo.Não demorou muito e a boca foi ficando seca e amarga.O remorso e a satisfação me tomaram e tudo ficou claro para mim.Nunca estive tão feliz.Poderia até morrer por esse momento.

11 de setembro de 2010

Querido Diário Otário

(Um eu,várias de mim em:Hormônios)

5 horas da manhã de sábado,dia 11 de setembro.Acho que acabei acordando de um sonho ruim,me espreguicei,senti dor e fui ao banheiro.Era cedo demais para tudo,até para a surpresa prevista para o dia seguinte,domingo.Voltei para cama com cólica,dor de cabeça e fome.Lembro que uma família na rua discutia e não me deixava em paz.Precisava dormir,pois acordaria,até então,depois de três horas...
Deu certo não pensar na dor e eu consegui cochilar um pouquinho. Acordei antes da hora,mas estava melhor,mesmo que ainda com um pouco de dor.O sábado seria maravilhoso,decidi,e então tudo fluiu bem.
O ônibus lotado demais para o horário.Nos ouvidos,algo mais divertido:"Confesse,confesse,você já tentou em fugir daquilo que chamou de amor!"Tudo bem,e só foi melhorando...Aprendi que há recepcionistas em shoppings,e que ser Engenheiro de alimentos é bem legal,tirando a parte toda de matar bois e pedacinhos dele grudarem na sua boca...
O sol estava radiante e eu me arrependi de não ter saído de casa com algo mais leve e mais claro.As unhas estavam um jeans só e eu abalei com a sombrinha mais escura,azul escura!
Estava impossível e feliz,mesmo com a dor de cabeça e o sol me queimando por dentro e por fora.
Os toques estavam melhores,e os beijos mais longos,desculpas para fotos e quem sabe bons momentos no parquinho.Aah o parquinho...
Enfim uma corrida e a volta pra casa.Conversa demais,calor demais,baratas demais e algumas lágrimas.Se foram de verdade,se tinham sentimento real,ou se foram apenas meus queridos hormônios eu já não sei!Mas nessa hora,a dor parece ter voltado ainda maior.Percebi então que precisava ser mimada,ouvida e acolhida.O bebê que eu tinha estava feliz e inseguro com seu novo relógio chocolate.Pensou que tudo ficaria bem,rezou baixinho e esperou ser atendida...
Cheguei e dediquei algumas horinhas conversando com ela.É engraçado ainda depois de tanto tempo descobrir que as pessoas nem sempre são,nem fazem tudo que dizem.É bom saber que há defeitos e verdadeiros sentimentos escondidos embora todos ainda permaneçam com seus fones de ouvido...
Ouvi seu conselho.Tomei um belo banho para relaxar,deixar a rua no ralo,comi alguma coisa e fiz essa historinha.Não sei se posso segurar tudo nas mãos,ou levar certas coisas nas costas.Não posso olhar torto nem responder certas vezes.Mas hoje,só por hoje culpo os hormônios,todos eles!

8 de setembro de 2010

Sem ano

Faltavam apenas cinco minutos.Julia já se despedia daquele que havia sido "O seu ano".Tinha prometido fazer o ano valer a pena e o fez.Tudo tinha sido como ela planejou a um ano atrás.Viveu suas festinhas,curtiu as amigas,conheceu gente nova,passou na faculdade,arranjou um namorado,tinha tudo que queria,conseguiu tudo,alcançou o céu.
Não deu muito tempo para pensar.Meia noite já marcava no relógio e já foi Jul correr pro abraço e deixar na caixinha tudo que aconteceu.
A festa de Réveillon estava linda.Muita coisa,muitos pratos gostosos feito por sua vovó,amigos de todas as partes.Tudo ia bem.Meia noite passou e assim o relógio já marcara outro dia,um novo ano.Jul estava sonolenta demais para perceber que certas coisas ficariam fora do lugar.Custou a perceber que esquecera do essencial;seus pedidos de ano novo.
Passou o 1º dia do ano dormindo,e só se deu conta da preguiça toda às quatro da tarde,quando levantou de vez para tomar banho,e comer alguma coisa gostosa de ontem.
O ano foi passando,e Jul foi sentindo o reflexo daquela noite sem pedidos.Pode ser que as coisas apenas sejam meras superstições,mas Jul sentia falta de pelo menos ter tentado naquela noite.Se arrependimento matasse...
Diante de todas as coisas que ela não quis que acontecesse esse ano,jurou nunca mais passar uma virada de ano sem mexer alguns pausinhos a seu favor.Talvez não fizesse diferença nenhuma depois,mas valia a intenção de achar que tudo ficaria bem.

5 de setembro de 2010

Conversa de carona

"Talvez você ainda seja nova demais...Há muitas coisas das quais você ainda não sabe,não viveu e não viverá.Nem tudo dura para sempre,o amanhã é uma incerteza.Hoje,é tudo o que você tem..."

O que é preciso,quantas coisas você tem que fazer,ou qual idade é a certa para se dar lições de moral e perceber que já amadureceu o bastante para decidir isso ou aquilo?

Olho no espelho e comparo as fotos de um ano pra cá.Muita coisa mudou em mim tanto fisicamente,quanto no jeito de pensar.Algumas coisas continuam intactas e bem vivas,outras tornaram outra forma,ou simplesmente não existem mais...
O cabelo está mais escuro,castanho escuro.Longos,abaixo dos ombros e quase no meio das costas.O corpo está mais cheinho,mas será resolvido até o final do ano.Meu rosto,minha forma de vestir,de pentear o cabelo,de falar,sentar,continuam quase iguais.Exceto por certos modos,certas maneiras que eu tive que aprender conforme as situações foram chegando.Já não sou mais aquela menina de cabelos curtos e roxos,que saia toda a sexta e colecionava paixões e listas idiotas...
Hoje eu cresci e continuo geniosa,teimosa e defendendo os meus e minhas ideias com unhas e dentes.Isso,faz parte da personalidade,não muda!
Mas,e todas aquelas coisas que as outras pessoas acham que deveria ser diferente,que eu ainda não vi,não senti nem vivi?
Eu discordo completamente da ideia de que é preciso ser mais velho para se ter uma experiência melhor do que a de uma pessoa mais nova.Pra mim,já vivi coisas o suficiente para definir minha personalidade,ideias e objetivos.Namorar foi uma delas...
Não quero ser repetitiva e lembrar do que eu tinha antes e do que eu fiz para chegar até aqui.Só quero lembrar que na minha concepção de vivência,afirmo ter vivido o suficiente para alcançar meus objetivos e ter a cabeça aberta que eu tenho hoje.
E eu sei que as pessoas mais velhas que falam isso querem o meu bem,e todas aquelas coisinhas de mimos.Mas experiências são únicas,sendo velhas ou não.