9 de dezembro de 2011

Lado ruim.

Sinto que minhas mãos gelam. O ar me falta enquanto o coração tenta conter a vontade que a boca sente de abrir e despejar o que a cabeça pensante quer. A verdade sai, as bocas se calam e alguns sorrisos são transformados em desespero. A verdade, absoluta ou não foi esfregada na cara, como reagir? Não demora muito e as bochechas coram e a verdade, que tanto queria sair acaba virando uma ofensa, machucando os mais puros e sinceros ouvidos. E eu, ah, que quase infarto se não digo o que penso, acabo como a grossa insensível na história.
A sinceridade; dizer o que pensa e o que se quer quando convém. Pago um preço muito alto para evitar que este coração não pare de bater. Não consigo ver certas coisas e não sentir o sangue ferver, e aquela vontade de realizar certos sonhos sem fazer nada. Um dom, ou uma maldição? Eu de verdade não sei.
Mas ai, depois que comecei a pensar e pensar, percebi que ser ruim de vez em quando não faz mal a ninguém. Dançar conforme a música, sorrir mais, engolir mais sapos sem vomitar a verdade para quem não está preparado para ouvi-la.
Me sinto mal,claro! Não abrir a boca sempre que eu quero não fazer o que eu quero porque acho o certo, me faz mal. Mas depois de alguns anos, você começa a perceber que não é mais uma questão de princípios, sim de sobrevivência.
Podre, eu sei! Mas estou cansada de sempre ser a vilã. Acho que é hora de ter um lugar ao sol, ou melhor, na linda sociedade cretina em que vivo.

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