20 de novembro de 2011

Amanhece.
O quarto continua escuro e você ainda está na cama,meio nojenta.Eu me levanto,lavo as mãos e me olho no espelho:barba por fazer,rosto cansado e corpo esguio.Na camisa branca,apenas uma gota do trabalho bem feito.Olho para você na cama,você está morta,é hora de começar a pensar no que fazer.
Você sempre foi gentil demais,sorridente demais e,burra demais!Achava que eu nunca descobriria suas armações,e que estaria valente e estúpido ao seu lado pro resto da vida.Não posso dizer que você colheu o que plantou,porque creio que uma boa conversa,talvez até uma surra teria lhe colocado nos eixos.Mas comigo,você sabia que era diferente,eu não converso nem ouvia ninguém,muito menos você.
Eu deveria ter pensado no quanto você me amava,no que eu sentia por você e no que nós tínhamos,mas não havia mais tempo.Quando dei conta,você já estava em cima de mim,com aquela cara de prazer e as coisas aconteceram.Sentirei sua falta.
Anoitece.
O quarto está escuro e você ainda está na cama,meio nojenta.Começo a pensar no que aconteceu e me arrependo,por você.É tarde já?Me levanto e lavo as mãos.Meu corpo esguio curva-se e vomito tudo que você é.Olho para você na cama,você está tentando me seduzir,eu cedo. Você mal sabe o que te espera.É hora de começar a pensar no que fazer.

17 de novembro de 2011

Etc²

Final de ano sempre me dá uma energia meio estranha.Não gosto de como a maioria dos brasileiros tratam o Natal com toda aquela hipocrisia de "feriado",e "motivos para gastar,porque é época de presentes." Natal perfeito pra mim é o americano!Mas não falarei do Natal,nem das lindas casas enfeitadas.
Final de ano me dá gastura.Acho que estou tão cansada do resto do ano todo que passou,que sinto,talvez, a necessidade de começar algo novo logo para recarregar as energias,me livrar de toda zica que passou no ano...
Curiosamente ou não,em meio a um trabalho lixo de faculdade,o cansaço do trabalho e de outras coisinhas,na semana passada eu quase perdi a cabeça e faltei colocá-la numa bandeja de ouro à toa.Unf!Eu infelizmente ainda não aprendi a ouvir certas coisas sem levar a diante,e fazer disso,o eixo principal da minha vida.Não são todas as pessoas,e com pessoas tão importantes assim,mas eu dou MUITA atenção para coisinhas tão idiotas,que dá até dó.Aí a gente perde a cabeça,a razão,os amigos,o namorado,a aula,o braço,a perna e tudo pra que?Pra nada!
Eu sou teimosa e turrona por natureza,quando coloco uma coisa na minha cabeça,dificilmente mudo de ideia,a menos que sei lá,outra neura qualquer tome conta e eu acaba esquecendo.E nesses dias,conheci Othello.Mocinho bonito e simpático,ingênuo e inseguro que casou com uma moça muito linda e,fiel.Othello,por ser inseguro e neurótico,deu ouvidos a um tal "amigo"(uhum),e acabou matando sua linda esposa por ciúmes,sem ela ter feito nada,simplesmente por ter dado ouvidos ao que não devia.
Depois disso,comecei a pensar em todas as vezes que eu dei ouvidos a nada nem ninguém e deixei o benefício da estupidez tomar conta de mim.Cheguei a inúmeras situações em que eu deveria ter rolado de rir,ou simplesmente ter feito cara de "hã,e daí?!" Ainda vai demorar um tempinho para eu deixar totalmente de dar ouvidos a coisas idiotas,a quem "te gusta?" perder o tempo comigo.Mas Othello já é meio caminho andado...
E de resto,em meios a tantas cartas e tentativas,finalmente ela me respondeu o "pedido de adeus".o final de ano,não mexe só comigo,pelo jeito...

1 de novembro de 2011

Etc.

Minha mãe as vezes me diz um ditado que faz muito sentido:

"Macaquinho senta em cima do rabo,e fala do rabo alheio"


Eu adoro esse ditado porque é verdade.Sempre sentamos em cima das coisas que nós fazemos/falamos e criticamos o outro por fazer igualzinho.
Talvez,acredito eu,que seja um tipo de cuidado,mesmo que idiota com a outra pessoa que está cometendo os mesmos erros que você.Ou talvez,na pior das hipóteses,seja a maneira mais suja e infeliz de não enxergar a verdade em si.
Triste admitir,mas eu estou num momento assim.Procurei pêlo em ovo e acabei achando uma peruca toda!
Queria poder dar uns conselhos pro outro macaquinho.
Queria saber como e o que ele sente diante dessa coisa.
Queria entender o porque eu ainda insisto em certas coisas,tendo plena consciência de que se trata da maior das burrices.

Enfim,estou meio torta, "sem saber o que sentir".
Rezo apenas para duas coisas:
-Que Deus nos livre da tal genética.
-Que o meu rabo nunca caia na macacada por ai.

(...)