19 de março de 2011

Sobre a Brú

Essa homenagem é válida, pois estou no meu maior estado de graça,bem Jesus...Não encaixaria aqui se eu dissesse que amo todo mundo,mas a Brú é amada por mim,é sim.

Nós nos conhecemos muito por acaso. Ela com aquela cara fechada e medonha, eu com as minhas "zoações”, que de longe ainda a irritam muito.
Ela roe unha e sempre diz um "ai, chega!" quando a situação já está pesada demais. Bom, somos iguais em gênio, pensamos muito parecido, e até levantamos a sobrancelha de forma parecida quando estamos bravas. Eu, ela, o Alan e o Muri, sempre que estamos juntos nos reunimos e trocamos experiências de casais. Até eles, os meninos são iguais, é incrível!Ela é sincera e grossa. Preza pela sinceridade e não liga se vai machucar ou não, ela faz e fala!
Por falar em falar, com a Brú eu converso sobre tudo, sobre todos os assuntos sem me preocupar com isso e aquilo, sem ficar com receio dela sair por ai contando, ou fazendo mal juízo de mim.Eu confio na Brú,ela confia em mim.
Nós tivemos uma briguinha idiota a uns meses atrás,mas nada que não pudesse ser superado com uma conversa daquelas,só nossa.
A Brú me entende e nunca me deixa sozinha, nunca mesmo!Ela vai ser a minha primeira amiga a casar, tenho certeza.
E lá estarei eu no altar como sua madrinha, olhando seus olhos brilharem, morrendo de orgulho e vendo o Alan dizer no meio da tensão toda "abacate!".

16 de março de 2011

Sobre a saudade...

Olha,minha cara não disfarça,e eu já até queria um daqueles salsichinhas aqui comigo.
Está difícil só ter contato pela internet e comer cada vez menos comida e mais besteiras...
Estou com saudades de casa,da minha cama,da minha mãe,daquele seu bifinho,das conversas e de todo o resto,entende?
Claro que entende!
É tudo muito novo e bonito,mas o novo tem um preço,é sozinho...
Queria poder escrever mais,mas o tempo já acabou.Sinto saudades,apenas.

8 de março de 2011

Asas,heróis e calcanhares

Eu adoro as aulas de Estrutura de Roteiro e História da Arte.Elas me fazem viajar com seus mitos e contos.Me fazem perceber que por mais que milhões de anos tenham passado,ainda agimos,mesmo que "modernamente",como os Romanos e até mesmo os Egípcios.Nossas pontes,muros,tijolos,cadeiras,maquiagens tiveram início lá nos anos 500 A.C.
A professora Cláudia me ganhou no primeiro dia,quando me disse que fez o roteiro de "Mundo da Lua" e "Tv Crush",meus programas favoritos de infância.Mas foi na aula passada sobre a "Jornada do Herói" que eu me identifiquei.Acho que estou na profissão certa!
Fiquei pensando nos últimos acontecimentos que estou vivendo,e me senti em uma jornada,mas sem saber se sou o herói. Tentei achar um equilíbrio entre o bem e o mal e cheguei a conclusão de que sou boa demais para ser ruim,e ruim demais para ser boa.Peco por excessos,tanto os bons quanto os ruins.
Não podendo assim me colocar na pele da megera,ou da boa moça,me dou o papel de protagonista,o herói do filme de ação.
Ficaria imensamente satisfeita se tivesse sido designada a derrotar zumbis,super-bactérias e gênios do mal.Com direito a um final comum em que eu me sentisse mais poderosa e fosse dona de dois mundos.
Acho mais fácil produzir,dirigir,e fazer o roteiro de um filme...
Mais um excesso,mais um pecado!
Às vezes acho que deveria ter seguido os passos da madrinha,ou aquele sonho solitário de viver viajando por ai sem ninguém,sem raízes.
Uma vez,quando eu ainda era pequena,a tia Vera me disse que eu era um ser designado a viver sozinho,a marcar e ser marcado sem ter ninguém.Acho que ela acertou em partes.E talvez seja por isso também que minha mãe sempre me protegeu daquelas ciganas e magos eletrônicos.
Mamãe sabia dês de já que Deus não deu asas a cobra,mas lhe deu um belo par de calcanhares.

7 de março de 2011

Suja e só

“He’s holding my hands
He loves my hair and my smile,
But he needs to go
He lives here,but I’m not
The love is gone,gone…”


Cantarolava desafinado, porém fluente.
Aquele cantinho na janela nunca esteve tão solitário. A cidade parecia vazia,os ruídos que conseguia ouvir,eram parecidos com os que a agulha faz em atrito com o vinil;incomodava,mas ela sabia que a faixa 6 chegaria em breve.
Da janela, solitária, ela fumava um cigarro e bebia “sangue de boi”. Viu dois casais brigando a um raio de 2 metros, uma puta e um pastor idoso que acabara de lhe dar uma “lembrança”,uma nota simbólica de mil reis. O cachorro ladrava, e alguns gatos se esquivavam dos primeiros pingos d’água.

“He’s holding my hands
He loves my hair and my smile
But he needs to go
He’s still here, cause I’m not
Now,we both know,the love is gone,it’s done”


Ela olhou para trás,havia um estranho na cama. Estava como a cidade naquela noite,suja e só...