13 de setembro de 2010

So happy I could die

Subi as escadas que davam para fora do club.Respirei fundo e jurei nunca mais colocar os pés ali dentro.Fosse minha vaidade,ou pura consciência falando,não voltaria e nem olharia para trás.Não deixaria mais aquele cheiro de menta e fumaça doce ficar em meus cabelos e pensamentos.O tempo me mudou e eu já não era a mesma que dançava sozinha sob os efeitos de luz.Já não ligava mais para quem estava a minha volta e se alguém iria me ver beber e sair.Cansei,apenas cansei.
Sai caminhando pela rua úmida pensando em todos os passos tortos que já tinha dado ao sair de algum lugar completamente bêbada.Nunca fui de dar ouvido ao que os outros falam,nem de pensar muito se as coisas que fazia eram certas ou erradas.Mas hoje,meu peito apertou e eu tive que largar tudo e ir embora.Parecia que jamais tocaria o chão novamente.Eu,que não sabia o que era chorar,sentei na sarjeta e chorei como nunca,me redescobri ali,sem luzes e sem flashes a volta.Não tinha fãs nem pessoas me adulando por um papo qualquer.
Tomei lentamente o gole da solidão e esperei que o pior acontecesse.Fiz meus últimos pedidos,e desejei que todos aqueles que eu odiava caíssem junto comigo.Não demorou muito e a boca foi ficando seca e amarga.O remorso e a satisfação me tomaram e tudo ficou claro para mim.Nunca estive tão feliz.Poderia até morrer por esse momento.

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