21 de junho de 2010

E então foi o medo.
O medo que vinha de não ter medo nenhum,o medo das luzes se apagarem e a bilheteria ainda estar cheia de ingressos.
Se a platéia lhe faltava,uma bebida ou outra resolvia o assunto e lá ia Cristine revelar a beleza de sua vida,de suas apresentações.
Se colocava verdade e drama em suas palavras,as pessoas não se importavam,mas ficavam por perto caso ela quisesse despencar do alto,do copo.
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Já fazia mais de alguns anos que eu não via,nem sabia noticias alguma de Cristine.Normalmente,nossos encontros eram sempre demorados e doloridos.Cristine sempre gostou de beber demais e acabar em minha cama.Eu,por todas as vezes jurei nunca me aproveitar de seus dramas,mas não conseguia.
Cristine era leve como uma pena,forte como um sonho e linda como uma manhã cinzenta.Tinha o corpo magro e sem curvas.Pele de um branco estranho e sem vida,com cabelos que de certo não combinavam com seu ser.
Eu não ligava muito para essas coisas...
Dês de que nos conhecemos,eu sentia nela uma necessidade de ter amigos.Embora fossemos pessoas sozinhas,acho que ela sempre teve a ncessidade de se abrir com alguém,mesmo que usasse somento o corpo para tal.
Mesmo nos tempos de temporada,Cristine e eu sempre arranjavamos tempo para curtir a vida e zombar das pessoas que ficavam em nossas sombras.
Naquela época era fácil levar a vida como artista,como se queria!
Mas as coisas mudaram...
Cristine e eu tomamos rumos totalmente opostos depois de um porre que tomamos juntos.Foi bom como em todas as outras,mas me lembro que faltou alguma coisa,um brilho...
Dei um de meus melhores beijos em Cristine quando nos despedimos.Ela deve ter sentido a verassidade e me beijou de volta com um abraço apertado junto a teus seios.
Sinto falta de sua cor branca e seus copos sujos.
Acho que nunca mais verei Cristine,sua luz se apagou...

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