Dançou comigo como quem se despede de alguém que não verá mais,nunca mais.
Se assim posso dizer,afirmo que ela me olhava firme nos olhos e dançava comigo melancolicamente todas as músicas,até as mais agitadas.
Era a menina dos meus olhos,sempre fora.Não passava de alguém da qual eu quis amar e dar carinho.Quis coloca-lá em um pedestal que não existe.Hoje,sinto algo inexistente por ela.
Talvez nos encontrássemos mais vezes num futuro próximo.
Talvez ela ainda caísse sobre meus ombros e quisesse permanecer ali,sem que ninguém pudesse ouvi-lá,ou simplesmente reparar na sua presença.
Eu tenho uma teoria sobre ela.Digo com toda a certeza do mundo que ela ainda quer chamar minha atenção.Quer me encantar com seu jogo de palavras bem colocadas e algum copo de qualquer coisa nas mãos.Uma bebida da qual eu não bebo,com um shot de palavras que não me encantam,não mais.
Digo ainda que creio em um aproximamento nosso.Parece bobagem mais ainda a vejo no cantinho quieta rezando e blasfemando meu nome.
Fez minha presença,me quis!
Também afirmo que podemos tentar de alguma maneira,uma relação que não seja das melhores pois gosto do jeitinho humilde em que ela habita meus sonhos e canta em minhas músicas.
Não sei,às vezes creio estar delirando,isso não faz sentido.
Mas acordei com alguns passos na cabeça,algumas coreografias de abraços que não saem da cabeça.
Um vício.
Meu vício!
Não o favorito de todos,mas aquele que me dá vontade de dançar...
Ela deve crer que não penso mais nela,e deve achar que esqueceu nossos passos.Engano seu,engano nosso!Ainda dançamos a mesma música dum disco riscado.Ainda usamos as mesmas roupas velhas e mofadas.Ainda nos queremos,ainda nos temos numa dança sem fim.
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