16 de outubro de 2010

*Início: 11 de julho de 2010. Fim: Nunca, se depender de mim.

Eu não sei ao certo como começar. Eu poderia descrevê-lo de diversas maneiras, desde seu físico até sua personalidade: ele era alguns centímetros mais alto do que eu, olhos azuis, blá blá blá, um menino interessante, inteligente, divertido, educado e doce, como costumava dizer a ele. Eu poderia prolongar todos estes adjetivos,da mesma forma que me esforçava ao máximo para prolongar cada minuto que conversávamos, mas talvez isso não seja realmente necessário. O mais engraçado é que, embora eu não o conhecesse a princípio, eu adorava passar algumas poucas horas da noite conversando com ele. E tal conversa não era pessoalmente, nem tampouco por telefone: era por MSN, uma forma um tanto quanto incomum de tentar conhecer
alguém. Mas eu adorava. Talvez ainda adore. Confesso que de início tudo era um pouco estranho; talvez ele ache isso também. O que eu deveria dizer, perguntar? Como deveria abordá-lo? Deveria falar todos os dias? Eu simplesmente não sabia, mas eu não podia deixar de dizer pelo menos um “oi” ao encontrá-lo online toda noite. Lentamente isso foi fazendo parte da minha rotina.
De x a x horário: estudar; de y a y horário: fazer tal coisa; a partir das 21:30: falar com ele. E eu realmente gostava, mesmo quando não tinha nada a dizer. Acho que foi desta forma que pegamos um pouco de intimidade. Mas as nossas férias acabaram e ambos voltamos a estudar. Às vezes tinha sorte de encontrá-lo online quando chegava à noite, às vezes não. Mas eu tinha os finais de semana, quase sempre. Trocamos telefone, mas até o exato momento em que expresso tais palavras, ele nunca me ligou e nem eu o liguei. Logo depois ele me disse que não gostava muito te telefones; eu também não tinha muita paciência para isso, mas adoraria receber um telefonema dele algum dia. E assim nos mantemos, com a ajuda do MSN. Após dois meses e meio conseguimos nos encontrar (ele arrumou um tempinho
na verdade). Passei todo o dia anterior me perguntando como eu deveria agir, falar, me portar... Decidi pelo óbvio: eu seria espontânea. Não tenho certeza se pra ele foi tão bom quanto foi pra mim. Talvez eu tenha errado em algumas coisas, mas o que posso fazer? Eu estava sendo eu mesma. Tive medo de que não conversássemos mais depois deste dia. Não queria que tudo “acabasse em pizza”.
Felizmente ainda conversamos, mas não sei dizer se esse fato significa “no pizzas”. Não sei por que comecei conjugando o verbo "ser" no passado: “Ele era alguns centímetros mais alto do que eu (...), divertido, educado e doce”. Ele não era; ele ainda é. E apesar de já ter passado duas semanas após o nosso encontro, ainda sinto medo de que tudo acabe de repente. Sinceramente, sinto isso o tempo todo.
É realmente muito provável que ele signifique algo muito maior pra mim do que eu pra ele. Às vezes acho que gosto de verdade da pessoa dele. Gosto, sim. No próximo sábado ele irá viajar (viagens de formatura); fiquei um pouco triste em saber que ele vai estar tão distante (muito mais do que a distância que nos separa) e isso mostra que talvez eu sinta a falta dele. Mas eu devo me acostumar desde
já. Essa semana será a semana da provação. Ele pode não voltar exatamente pra mim... Pra agora, o que eu quero é poder desejar pessoalmente uma boa viagem. Talvez assim ele perceba que haverá alguém esperando por ele aqui.

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Escrito por Fernanda.
Delicadamente copiado e colado por mim,com a autorização dela!

Um comentário:

Uma pequena teoria: disse...

Nandão como sempre escrevendo lindamente.Saudades dos nossos escritos juntas.
Amo você!