1 de fevereiro de 2010

NADA.

Lá fora,algum tipo de barulho parecido com um trovão.Carros apressados sem sairem do lugar,pessoas ilhadas, e um gráfico de prédios engraçados que vejo da minha janela.
A luz parece um tanto quanto amarela,e as nuvens cheias de formas e peso.
O chão não parece o mesmo;acho que abriram um buraco nele...
Do lado de dentro,algum 'soul' tocando.Uma voz convidativa que te leva a abrir a porta do guarda-roupa e beber um pouquinho.Ou comer aquele chocolate escondido.Uma voz que te induz,mesmo sem querer.
Na tela,uma foto ou outra.
Uma conversa ou outra,e um reflexo,um reflexo curioso de alguém que nem sabe quem...
Na parede,um quadro qualquer,com pequenos borrões imitando a arte de algum pintor famoso que teve que morrer para ter sua arte reconhecida por outros.
Enfim a parte física e mental.
Um jeito muito caracteristico e próprio.Seria de fácil leitura a qualquer um que se aventurasse a olhar assim,como que por acaso.Pode-se até pensar que ela era o quadro do quarto.Aquele com borrões imitando a arte famosa...
Mas claro que não!Havia um jeito muito convincente na forma em que a via parada sem fazer nada,apenas a tirar aquele esmalte cor-de-rosa das unhas.
Não havia nada de muito especial em tudo isso.Tudo fazia parte de uma rotina na qual estava acostumada a ter sempre,todos os dias.
Mas hoje foi diferente...
Hoje olhei pela janela,para os prédios,para a garrafa,para a menina,e para mim mesma sem sentir nada.
Dizem que foi o calor quem me causara desanimo,mas duvido muito que um simples solsinho tenha feito tudo isso.
Acho mesmo que tenha sido esse texto;algo que começou bem,mas que logo teria que se enrrolar e não ter desfexo nenhum.Assim como meus dias,assim como minha vida...

Um comentário:

Uma pequena teoria: disse...

O primeiro post do mês.E se eu pudesse apagava as velhinhas agora,pra já!