23 de abril de 2013
Sobre coincidência.
Já era tarde quando desci do ônibus e vinha caminhando para casa. Olhei para o céu, a noite estava cinza e gelada, então cruzei os braços e apertei os passos visando aquele chocolate quente que me esperava em casa.
Essa noite, poderia ter passado despercebida, se não fosse por um pássaro negro que voava baixo, quase que parando ao meu lado. Suas asas faziam muito vento, e senti medo daqueles olhos amarelos que se fixavam em mim. A pobre ave, vez ou outra parava na minha frente como se estivesse me avisando do que estava para acontecer. Não sei, e pode até ser loucura, mas quando ignorei seus avisos, percebi que a ave riu de mim e se foi. Eu, sem entender, continuei meu caminho desatenta aos avisos, mas senti algo estranho no ar...
Mais adiante, aquele cheiro familiar. De repente, os portões brancos de uma casa se abrem e lá está ela, com seu vestido vinho e os cabelos em chamas. Senti meu corpo estremecer, e minhas mãos e pés ficaram quentes como em brasas. Ela estava linda, como sempre! Me lançou um olhar dominador, mas quem a devoraria, seria eu, se pudesse. Acho que ficamos paradas durante poucos segundos, até que ela entrou no carro, e o negro corvo pousou em meus ombros.
Senti o peso daquele pequeno corpo, e o desprezo dela por mim enquanto a olhava dar partida na máquina.
Fechei os olhos, continuei caminhando sem pensar no que me esperaria na esquina. Ela me alcançou e buzinou por duas vezes, piscou para mim e balançou as mão como quem diz "nunca mais". Fechou o vidro e continuou para onde ia.
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